Nike Alphafly 3, tênis do recorde mundial, gera ‘som da velocidade’ e é estável

Com Nike Alphafly 3, Andrei corre na Maratona de Luxemburgo (Marathon Photos)

É possível fechar os olhos e, só pelo som das pisadas, notar a passagem de um corredor usando um Nike Alphafly 3. Muito mais marcante que o de outros supertênis, esse som resulta da combinação de materiais leves e propulsivos, como a placa de fibra de carbono, a espuma ZoomX e as duas unidades Air Zoom na região do antepé. Enquanto outros tênis são “de corrida”, o Alphafly 3 é realmente “de competição”, e a própria Nike coloca-o na “família racing”, e não na “running”. Foi com ele que o queniano Kelvin Kiptum (1999-2024) completou em 2h00min35s a Maratona de Chicago em outubro de 2023 e bateu o recorde mundial (oficial) da distância.

Desde o lançamento, estava a fim de correr com o Nike Alphafly 3, mas não o encontrava disponível no Brasil, uma vez que os lotes colocados à venda se esgotavam rapidamente. Em Copenhague, na Dinamarca, a poucos dias de participar da maratona lá, consegui, enfim, adquirir meu par em uma loja física da Nike. Não tive dúvidas da compra: assim que o calcei, já senti o conforto (optei por um número maior que o usual). Parecia muito mais natural para meus pés que o Nike Vaporfly 3, com o qual havia corrido na Vienna City Marathon, na Áustria, uma semana e meia antes. Ressalto que o Vaporfly 3, cerca de 20 gramas mais leve, também me agradou muito (como escrevi no review dele, de estranho passa a ser incrível).

@esportividade Você já conheceu uma cidade correndo (literalmente)? Foi o que fizemos em Copenhague, capital da Dinamarca, às vésperas da maratona. #running #runners #runner #run #maratonistas #marathon #maratona #corridaderua #corrida #denmark #Dinamarca #copenhagen #Copenhague #corredor #corredores ♬ Vivid Life Forever / Scandinavian Pop / Hopeful / Vitality / Travel / Health / Beauty / Celtic / Irish / Travel / Tourism / Port(1135122) – Ney

Já no primeiro treino com o Nike Alphafly 3, com pace de passeio (literalmente) em Copenhague, notei que, embora seja “racing”, o Nike Alphafly 3 comporta-se bem em velocidades mais baixas – diferentemente de outros modelos, como o adidas Adizero Prime X, cuja primeira versão não foi, definitivamente, feita para caminhadas.

Andrei no início da Maratona de Luxemburgo (Marathon Photos)

Especialmente na maratona seguinte, em Luxemburgo, o Alphafly 3 revelou-se muito mais estável que o imaginado. Quem apenas observa o design supõe que falte apoio na seção traseira, porém não foi o que senti na prática. Nas muitas curvas de Luxemburgo – algumas delas bem fechadas –, tive todo o apoio necessário vindo do calçado.

Nas duas maratonas em que fiz uso do Nike Alphafly 3, em Copenhague (05/05/2024) e em Luxemburgo (11/05/2024), em razão da dura sequência de provas de 42,195 km na Europa, precisei caminhar em várias partes da segunda metade, e o supertênis não me atrapalhou nesses momentos.

Andrei, à esquerda, nos primeiros metros da ING Luxembourg Marathon (Marathon Photos)

Na verdade, pude sentir a real entrega do Alphafly 3 só em São Paulo, durante a ASICS Golden Run, correndo em ritmo abaixo de 4min40s por quilômetro durante praticamente a meia maratona (21,097 km) inteira. Na pista expressa da marginal Pinheiros, ficou nítido como pode ser veloz e contribuir para a fluidez de cada passada. E ali, sob chuva, não tive problema algum de aderência: parecia estar correndo em asfalto seco. E ouvindo o “som da velocidade”.

Tênis são uma escolha pessoal; o escolhido por uma pessoa pode não ser bom para outra. Antes de optar por um modelo, você pode experimentá-lo em uma loja para tomar uma decisão mais assertiva.

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