Não tem tempo nem piso ruins para o supertênis ASICS Metaspeed Sky Paris
Em mais de uma década de corrida, já utilizei diversos modelos da ASICS, de GT-2000 a Novablast, mas, até sexta-feira passada, 9 de agosto de 2024, nunca havia testado um supertênis da marca japonesa. Estava muito curioso, portanto. E a ocasião não poderia ser mais especial do que esta: estreei o ASICS Metaspeed Sky Paris durante os Jogos Olímpicos de Paris, acompanhando remotamente as disputas de atletismo, no parque Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo, que recebe o festival olímpico Parque Time Brasil até este domingo (dia 11 de agosto). Escolhi uma distância de treino bastante simbólica, 24 km, e coerente com o ciclo de maratona em que estou.
Assista ao vídeo curto do teste do ASICS Metaspeed Sky Paris:
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Foram pouco mais de duas horas de atividade (2h07min44s), suficientes para poder afirmar: o ASICS Metaspeed Sky Paris dá a segurança necessária ao corredor em trocas de piso e condições escorregadias. Simplesmente 11,5 km dos 24 km que completei deram-se totalmente dentro da fan fest, sob garoa, lidando com situações que, para outros modelos, seriam adversas, como curvas sobre estrados plásticos – molhados –, variações de velocidade e corrida sobre grama com ondulações. Nada disso me deixou inseguro; nada disso me fez perder o controle.
Voltemos ao começo do treino, porém. Ao dar os primeiros passos, dei-me conta de algumas semelhanças entre o ASICS Metaspeed Sky Paris e o Nike Vaporfly 3, com o qual participei da Vienna City Marathon, na Áustria, em abril de 2024. Ambos são extremamente leves – o ASICS pesa cerca de 184 gramas no tamanho 40 – e possuem um suporte ao arco do pé, preenchendo-o. Alguns corredores amadores talvez não se adaptem a essa característica dos dois, mas vale a pena dar-lhe uma chance.
Logo no meu primeiro quilômetro no parque Villa-Lobos, senti que estava fazendo pouca força e, ainda assim, meu ritmo estava próximo ao que desejo para a maratona, beirando os 5 minutos por quilômetro. Correr com percepção de pouco esforço é, justamente, o que mais se objetiva em boa parte de uma prova tão longa quanto uma de 42,195 km.
Essa sensação é resultado de uma combinação de materiais propulsivos: placa de carbono, alargada na região do antepé da versão Paris, e espumas FF Turbo Plus. O cabedal, toda a parte superior que envolve os pés, está mais leve que o da versão anterior e cerca de 8% mais respirável, com as meias do atleta ficando parcialmente visíveis através dos furinhos.
Embora o Nike Vaporfly 3 possa, é claro, ser usado por maratonistas, considero-o hoje em dia um modelo mais indicado – pelo menos, para mim – para corridas mais curtas. Já o ASICS Metaspeed Sky Paris tem todas as características de um supertênis de maratona – assim como o Nike Alphafly 3. Quanto à aderência e à estabilidade, os testes em diversos pisos e condições no Villa-Lobos deixaram claro: o modelo não apresentou oscilações nem derrapagens ao longo do caminho.
Existe um “irmão” do Metaspeed Sky Paris denominado Metaspeed Edge Paris, mas não tive a chance de testá-lo ainda. De acordo com a empresa japonesa, o Sky foi projetado para “corredores com estilo de passadas mais largas; eles serão capazes de aumentar sua velocidade conforme alargam sua passada e conservando energia a cada passo”; já o Edge, “para corredores com estilo de cadência; eles serão capazes de aumentar sua velocidade aumentando o número de passadas e conservando energia a cada passo”.
Sinceramente, não sei qual dos dois estilos é o meu, mas sei que o ASICS Metaspeed Sky Paris correspondeu às minhas altas expectativas.
Tênis são uma escolha pessoal; o escolhido por uma pessoa pode não ser bom para outra. Antes de optar por um modelo, você pode experimentá-lo em uma loja para tomar uma decisão mais assertiva.
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