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Corrida de rua 25/04/2024

Grandiosa Vienna City Marathon, na Áustria, faz cada corredor se sentir único

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade

Andrei vibra ao completar a Vienna City Marathon de 2024 (Sportograf)

Participar de uma maratona em um país muito distante do Brasil, como a Áustria, e em outro continente, como a Europa, faz o corredor ter a sensação de estar deslocado de tudo e todos? Na Vienna City Marathon, a experiência do maratonista é surpreendentemente até mais pessoal que em muitos dos eventos de corrida de rua brasileiros. Mesmo estando em meio a participantes dos “quatro cantos do mundo”, cada um, graças a ações dos organizadores (VCM Group), pôde se sentir valorizado, especial e acolhido. Na 41ª edição da Maratona Cidade de Viena, evento que aconteceu nos dias 20 e 21 de abril de 2024, o Brasil foi um dos países que receberam maior atenção, com trilha sonora de “Brasil-sil-sil” para seus atletas na reta final.

Animação dos corredores antes da Vienna City Marathon (Esportividade)

Levando em consideração os 42.625 inscritos (10.024 na maratona) de 143 países, incluindo participantes das provas de sábado (5 km, Coca-Cola Inclusion Run e infantojuvenis) e domingo (os 42,195 km, os 21,097 km e uma maratona de revezamento), os organizadores da VCM realmente promoveram um evento internacional em 2024: a locução era bilíngue, em inglês e alemão, antes da largada de domingo, e o locutor até apresentou a lista dos dez países com mais representantes no evento – com direito a uma música de cada um deles.

Igreja de São Francisco de Assis é vista no primeiro km da Vienna City Marathon (Esportividade)

Assim que começou a prova, o corredor não se sentia sozinho: logo no primeiro quilômetro, deixei cair um sachê de carbogel, e um colega me avisou da perda (em inglês). Sorte que eu havia levado um extra. Foi o primeiro sinal de que, mesmo longe de casa, eu iria me sentir muito valorizado naquela fria manhã, com temperatura entre 5ºC e 8ºC.


Ao entrar na histórica, plana e arborizada via Hauptallee, no parque Prater, já senti o “calor humano” da torcida. E me lembrei de que, ali, em 2019, o queniano Eliud Kipchoge tornou-se a primeira pessoa a completar os 42,195 km de uma maratona em menos de duas horas, recorde que, embora seja extraoficial, ainda não foi batido. E se trata de um patrimônio do atletismo mundial, uma vez que desde 1822, há dois séculos, realizam-se eventos de corrida na Hauptallee.

Nome do atleta em destaque no número de peito da Maratona Cidade de Viena (Esportividade)

E não é que parecia que os espectadores sabiam quem eu era? Tudo porque o nome de cada atleta amador foi impresso muito maior que os algarismos do número de peito (ou seria “nome de peito”?). Essa ação amplifica a sensação de familiaridade, e em pelo menos meia dúzia de vezes ouvi falarem meu nome.

Torcida apoia Andrei durante Vienna City Marathon (Esportividade)

Mesmo o corredor que viajou sozinho à Áustria não se sentiu só. Uma multidão acompanhou a prova nas ruas de Viena, e várias delas, especialmente crianças, fizeram questão de deixar a mão estendida para, literalmente, um toque de apoio.

Referência aos games Super Mario para dar “energia” aos maratonistas (Esportividade)

Alguns espectadores prepararam especialmente cartazes para os corredores, alguns deles com frases bem-humoradas, como “Sorria, você pagou por isso” (tradução do inglês). Na plateia também se viram bandeiras do Brasil e camiseta da seleção brasileira de futebol, incentivando os 26 brasileiros que completaram a maratona e os 39 que chegaram ao fim da meia maratona.

Andrei aponta para vídeo gravado por Renata, visto por ele na Vienna City Marathon (Esportividade)

Um grande momento foi quando, na segunda metade da prova, dentro do parque Prater, pude assistir ao vídeo que a repórter Renata Sá havia gravado para mim quando, na semana anterior, estávamos em Stuttgart, na Alemanha. Funcionava assim: por meio do site da Vienna City Marathon, amigos e parentes dos participantes podiam enviar um vídeo de até dez segundos, e o corredor, se tivesse a sorte de passar por um sensor na hora da transição de imagens no telão, teria o vídeo exibido no momento de sua passagem. E eu dei essa sorte! A mensagem da Renata me motivou, sem dúvida, mas não seria a única vez que a tecnologia estaria a meu favor em Viena.

Nos últimos metros da maratona, o locutor notou minha presença também devido à tecnologia empregada, falou meu nome e mencionou o Brasil. E, nesse meio-tempo, o DJ soltou a famosa trilha “Brasil-sil-sil” para todos a ouvirem na chegada. Apesar de não ter sido esportivamente minha melhor maratona, não tinha como eu me sentir melhor!

Um dos trechos mais bonitos da Vienna City Marathon (Esportividade)

Por intermédio da Maratona Cidade de Viena, o corredor conhece as belezas arquitetônicas da capital austríaca, famosa por causa da música clássica, por exemplo. A entrega de kits, a largada e a chegada são em três lugares diferentes, mas o transporte público dá conta de levar os participantes a todos eles. O fato de principalmente a segunda metade da maratona ser plana contribui para a obtenção de recordes pessoais. Não foi o meu caso, mas Viena me proporcionou muito mais do que um número. E ainda recebi de graça, por e-mail, um vídeo personalizado, com cenas da minha chegada, na quarta-feira pós-evento!

Participei da Vienna City Marathon calçando Nike Vaporfly 3 (review) e usando óculos de sol esportivos fornecidos pela Opticalia. Tempo: 3h52min50s.

Saiba como foi a prova de 5 km ocorrida no sábado (20);
Já nos 5 km da Vienna City Marathon, na Áustria, se vê engajamento de público e cidade

Andrei corre na Maratona Cidade de Viena com Nike Vaporfly 3 (Sportograf)

A cobertura da maratona austríaca integrou uma série de três que o Esportividade faz na Europa nos meses de abril e maio de 2024. As outras serão a Maratona de Copenhague, na Dinamarca, em 5 de maio, e a ING Night Marathon Luxembourg, em 11 de maio, sábado.

Nas três maratonas, o Esportividade é apoiado pelas empresas organizadoras, VCM Group, Sparta e Step by Step. A cobertura da Maratona de Copenhague, patrocinada pela Nike, terá ainda o apoio da Embaixada Real da Dinamarca. Andrei e Renata se prepararam para o desafio em parceria com ClassPass. O guia esportivo conta também com o apoio da Opticalia, marca espanhola de eyewear que chegou recentemente ao Brasil e pretende revolucionar o mercado de óculos.

Nesta temporada, o guia esportivo mostra como corredores dos “quatro cantos do mundo” unem-se nas maratonas. Não importa o país de origem do atleta: a corrida de rua é o elemento que os conecta, e um incentiva o outro.

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