Grandiosa Vienna City Marathon, na Áustria, faz cada corredor se sentir único
Participar de uma maratona em um país muito distante do Brasil, como a Áustria, e em outro continente, como a Europa, faz o corredor ter a sensação de estar deslocado de tudo e todos? Na Vienna City Marathon, a experiência do maratonista é surpreendentemente até mais pessoal que em muitos dos eventos de corrida de rua brasileiros. Mesmo estando em meio a participantes dos “quatro cantos do mundo”, cada um, graças a ações dos organizadores (VCM Group), pôde se sentir valorizado, especial e acolhido. Na 41ª edição da Maratona Cidade de Viena, evento que aconteceu nos dias 20 e 21 de abril de 2024, o Brasil foi um dos países que receberam maior atenção, com trilha sonora de “Brasil-sil-sil” para seus atletas na reta final.
Levando em consideração os 42.625 inscritos (10.024 na maratona) de 143 países, incluindo participantes das provas de sábado (5 km, Coca-Cola Inclusion Run e infantojuvenis) e domingo (os 42,195 km, os 21,097 km e uma maratona de revezamento), os organizadores da VCM realmente promoveram um evento internacional em 2024: a locução era bilíngue, em inglês e alemão, antes da largada de domingo, e o locutor até apresentou a lista dos dez países com mais representantes no evento – com direito a uma música de cada um deles.
Assim que começou a prova, o corredor não se sentia sozinho: logo no primeiro quilômetro, deixei cair um sachê de carbogel, e um colega me avisou da perda (em inglês). Sorte que eu havia levado um extra. Foi o primeiro sinal de que, mesmo longe de casa, eu iria me sentir muito valorizado naquela fria manhã, com temperatura entre 5ºC e 8ºC.
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Ao entrar na histórica, plana e arborizada via Hauptallee, no parque Prater, já senti o “calor humano” da torcida. E me lembrei de que, ali, em 2019, o queniano Eliud Kipchoge tornou-se a primeira pessoa a completar os 42,195 km de uma maratona em menos de duas horas, recorde que, embora seja extraoficial, ainda não foi batido. E se trata de um patrimônio do atletismo mundial, uma vez que desde 1822, há dois séculos, realizam-se eventos de corrida na Hauptallee.
E não é que parecia que os espectadores sabiam quem eu era? Tudo porque o nome de cada atleta amador foi impresso muito maior que os algarismos do número de peito (ou seria “nome de peito”?). Essa ação amplifica a sensação de familiaridade, e em pelo menos meia dúzia de vezes ouvi falarem meu nome.
Mesmo o corredor que viajou sozinho à Áustria não se sentiu só. Uma multidão acompanhou a prova nas ruas de Viena, e várias delas, especialmente crianças, fizeram questão de deixar a mão estendida para, literalmente, um toque de apoio.
Alguns espectadores prepararam especialmente cartazes para os corredores, alguns deles com frases bem-humoradas, como “Sorria, você pagou por isso” (tradução do inglês). Na plateia também se viram bandeiras do Brasil e camiseta da seleção brasileira de futebol, incentivando os 26 brasileiros que completaram a maratona e os 39 que chegaram ao fim da meia maratona.
Um grande momento foi quando, na segunda metade da prova, dentro do parque Prater, pude assistir ao vídeo que a repórter Renata Sá havia gravado para mim quando, na semana anterior, estávamos em Stuttgart, na Alemanha. Funcionava assim: por meio do site da Vienna City Marathon, amigos e parentes dos participantes podiam enviar um vídeo de até dez segundos, e o corredor, se tivesse a sorte de passar por um sensor na hora da transição de imagens no telão, teria o vídeo exibido no momento de sua passagem. E eu dei essa sorte! A mensagem da Renata me motivou, sem dúvida, mas não seria a única vez que a tecnologia estaria a meu favor em Viena.
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Nos últimos metros da maratona, o locutor notou minha presença também devido à tecnologia empregada, falou meu nome e mencionou o Brasil. E, nesse meio-tempo, o DJ soltou a famosa trilha “Brasil-sil-sil” para todos a ouvirem na chegada. Apesar de não ter sido esportivamente minha melhor maratona, não tinha como eu me sentir melhor!
Por intermédio da Maratona Cidade de Viena, o corredor conhece as belezas arquitetônicas da capital austríaca, famosa por causa da música clássica, por exemplo. A entrega de kits, a largada e a chegada são em três lugares diferentes, mas o transporte público dá conta de levar os participantes a todos eles. O fato de principalmente a segunda metade da maratona ser plana contribui para a obtenção de recordes pessoais. Não foi o meu caso, mas Viena me proporcionou muito mais do que um número. E ainda recebi de graça, por e-mail, um vídeo personalizado, com cenas da minha chegada, na quarta-feira pós-evento!
Participei da Vienna City Marathon calçando Nike Vaporfly 3 (review) e usando óculos de sol esportivos fornecidos pela Opticalia. Tempo: 3h52min50s.
Saiba como foi a prova de 5 km ocorrida no sábado (20);
Já nos 5 km da Vienna City Marathon, na Áustria, se vê engajamento de público e cidade
A cobertura da maratona austríaca integrou uma série de três que o Esportividade faz na Europa nos meses de abril e maio de 2024. As outras serão a Maratona de Copenhague, na Dinamarca, em 5 de maio, e a ING Night Marathon Luxembourg, em 11 de maio, sábado.
Nas três maratonas, o Esportividade é apoiado pelas empresas organizadoras, VCM Group, Sparta e Step by Step. A cobertura da Maratona de Copenhague, patrocinada pela Nike, terá ainda o apoio da Embaixada Real da Dinamarca. Andrei e Renata se prepararam para o desafio em parceria com ClassPass. O guia esportivo conta também com o apoio da Opticalia, marca espanhola de eyewear que chegou recentemente ao Brasil e pretende revolucionar o mercado de óculos.
Nesta temporada, o guia esportivo mostra como corredores dos “quatro cantos do mundo” unem-se nas maratonas. Não importa o país de origem do atleta: a corrida de rua é o elemento que os conecta, e um incentiva o outro.