Alongar-se antes do treino faz bem ou mal? Novos estudos dão respostas
Uma das dúvidas mais comuns entre os praticantes de atividades físicas é sobre a necessidade (ou não) de se fazer alongamento antes dos exercícios propriamente ditos. Uma reportagem da seção de bem-estar do site do “The New York Times” deu esclarecimentos a respeito disso ao mencionar estudos publicados em janeiro de 2016 e ouvir um dos autores.
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Os estudos dizem que, se cada posição de alongamento for mantida por mais de 60 segundos e se não houver um trabalho de aquecimento posterior, o atleta perde um pouco de potência: não conseguirá saltar tão alto quanto poderia, por exemplo.
No entanto, no mundo real, de acordo com Malachy McHugh, diretor de pesquisa do Instituto Nicholas de Medicina Esportiva e Trauma Atlético no hospital Lenox Hill, a maioria das pessoas alonga em cada posição por não mais de 30 segundos.
O estudo encontrou impactos negativos pouco remanescentes desses breves alongamentos, especialmente quando voluntários os emendaram com alguns minutos de corrida leve ou outros movimentos básicos de aquecimento. As pessoas que se alongaram dessa forma durante o aquecimento tiveram significativamente menos chance de lesões musculares na sequência.
Mas, levando isso em consideração, as pessoas que já retiraram o alongamento do pré-treino devem reinstalá-lo? É o que questiona a reportagem do “NY Times”. Dr. McHugh afirma: “Corredores e ciclistas não têm muito risco de sérios estiramentos musculares”. Alongar-se antes dessas atividades físicas dificilmente vai proteger o atleta de lesões. Os corredores e ciclistas devem, então, fazer aquecimento adequado, correndo ou pedalando levemente. No entanto, o especialista diz que quem joga futebol, basquete ou tênis, por exemplo, deve fazer alongamento prévio, pois são modalidades que envolvem salto e mudanças bruscas de direção e velocidade.
O alongamento pós-treino, porém, é aconselhável a todos.