Uphill Marathon de 2023 na serra do Mar e a ‘curva do Uau’: relato com fotos
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A estrada velha de Santos, que ligava de carro São Bernardo do Campo ao litoral e que hoje em dia pertence ao parque Caminhos do Mar, recebeu no fim da tarde de ontem, dia 5 de agosto de 2023, a primeira edição no estado de São Paulo da Uphill Marathon. Com opções para caminhada e corrida, começando em sentidos opostos do parque (a caminhada dos 5 km largava em São Bernardo do Campo, descia pela estrada velha até o quilômetro 2,5 e depois retornava; e a corrida dos 10 km saia de Cubatão e fazia toda a prova subindo a serra em direção à entrada de SBC), ambas as modalidades tinham um ponto em comum na prova: a “curva do Uau”, atração turística de tirar o fôlego, literalmente, pela tamanha dificuldade e pela beleza estonteante.
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Acostumados com as corridas no domingo bem cedo ou mesmo com as night runs, no sábado à noite, achamos interessante a mudança na rotina. Com largadas previstas para as 16h (caminhada) e 16h30 (corrida), vimos ali uma oportunidade única: descer a pé pelo parque até o local de partida. Havia a opção de deixar o carro em Cubatão, com a possibilidade de pegar um transporte oferecido pela organização para voltar ao ponto inicial, mas quisemos entrar por São Bernardo e descer a pé, algo feito por outros competidores também.
Enquanto o editor do guia esportivo descia a Cubatão – entre uma caminhada rápida e uma trotada – ao lado de outro participante, eu percorria o trajeto lentamente caminhando pelo parque, apreciando a beleza do local e procurando o ponto mais estratégico para filmar e fotografar os melhores momentos da prova para postar no nosso perfil no TikTok.
No caminho, um dos funcionários do parque indicou que eu fosse até a tubulação da usina Henry Borden. Com bastante tempo antes da largada, aceitei a dica e parti ladeira abaixo. A visão realmente impressiona, principalmente porque a estrada passa por cima dos canos que percorrem a montanha transportando água para uma das mais antigas hidrelétricas do Brasil.
No caminho, passei pela “curva do Uau” e, mesmo tendo combinado com o Andrei que o ponto de encontro seria a ponte bem mais acima, perto da chegada, mudei de estratégia. De olho na posição do sol e calculando o tempo de subida, notei que o por de sol aconteceria bem próximo à passagem dele pela tal curva. Grande acerto! Não apenas porque meus cálculos estavam certos, mas também porque boa parte dos caminhantes parava para admirar e registrar cenas daquela vista esplêndida.
E foi dali que peguei as melhores experiências da prova: um casal subindo devagarinho, de mãos dadas, afirmando que quem corre junto permanece junto para sempre. Ou de um grupo de amigos que avistaram os fotógrafos do Fotop e gritaram que o cartão de crédito iria “quebrar” de tantas fotos lindas que comprariam. Ou mesmo de um casal que me viu e disse “olha, a mulher do Esportividade”, em alusão ao editor do guia Esportividade, e não ao site. Enquanto eu me preparava para a passagem do Andrei, rimos da situação.
Com um ritmo bem cadenciado, consegui trocar apenas algumas palavrinhas com ele. Ao passar por mim, ele disse: “Estamos bem”. Foi o suficiente para o coração ficar quentinho. E o bem, na verdade, foi ótimo, pois o Andrei terminou a prova em décimo lugar: tempo de 1h01min16s. O resto foi apenas história e o pôr do sol mais lindo de todos.
Pegue uma “carona” com Andrei neste vídeo:
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