Quentíssima, prova de 5 km que abre Maratona de Curaçao, no Caribe, é também ‘calorosíssima’
No paraíso também tem corrida. É assim que penso ao definir como foi participar de uma das quatro provas que fizeram parte da KLM Curaçao Marathon, no país/ilha do mar do Caribe, nos dias 23 e 24 de novembro de 2024. A prova de 5 km abriu as festividades no sábado (23/11), às 17h30, com um percurso que percorreu as ruas do centro histórico da capital Willemstad. Mesmo no fim da tarde, a temperatura ainda estava nas alturas (31ºC e sensação térmica de 38ºC), e o calor se tornou um desafio a ser superado; quem se arriscou a encará-lo encontrou também outro tipo de calor, aquele que vinha das pessoas que foram às ruas e torceram pelos atletas.
Veja vídeo das provas de 42,195 km e de 5 km que fizeram parte da KLM Curaçao Marathon, no Caribe:
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É bem verdade que uma parte desse público talvez nem soubesse que estava acontecendo uma corrida de rua, já que o trajeto não foi fechado com grades para a passagem dos atletas, mas isso não os impediu de, com olhares curiosos e palmas, incentivar os corredores que partiram para completar os 5 km.
Um dos trechos passava por dentro do Rif Fort, em Otrobanda, um antigo forte modificado para receber bares e restaurantes. De suas mesas e cadeiras, acompanhados muitas vezes do famoso drink local, o Blue Curaçao, turistas que desembarcaram no Aeroporto Internacional Hato ou mesmo dos enormes navios que atracam e partem diariamente de Curaçao disparavam gritos de incentivo.
De lá, os atletas percorreram a rua que margeia a baía de St. Anna e chegaram a uma das pontes mais emblemáticas da cidade, a Rainha Emma, que, além de ligar Otrobanda a Punda – as duas partes mais conhecidas da capital de Curaçao –, permite a passagem de grandes embarcações, já que a ponte é móvel.
Bem em frente à tão icônica ponte, do lado de Otrobanda, fica um dos hotéis mais charmosos da cidade, o Brion City Hotel. É o hotel “com cores de doces”, uma vez que a fachada é totalmente colorida, parecendo mesmo um pote de guloseimas. Foi lá que a equipe do Esportividade passou as primeiras noites em Willemstad, em Curaçao; da sacada do quarto, era possível ver o nascer e o pôr do sol – além de acompanhar o movimento da ponte Rainha Emma, que recuava e abria espaço para a passagens das embarcações.
Percorrer a ponte até chegar a Punda, na outra margem da baía, e retornar a Otrobanda: esse foi um dos momentos mais agradáveis dos 5 km, inclusive porque ali ficava o único ponto de hidratação da prova. Equipada com meu colete cheinho de água e tendo treinado em São Paulo com a temperatura entre 25 e 28ºC, não sabia como meu corpo reagiria ao calor caribenho. Usei, então, aquele ponto de hidratação para jogar água geladíssima sobre meu corpo, algo que aliviou um pouco o calor.
Partindo para os quilômetros finais, senti o quanto o “outro calor”, o humano, se tornou importantíssimo. Carregando a bandeira do Brasil e ainda com o número de peito que privilegiava o nome do participante, encontrei mais que outros brasileiros pelo caminho: também recebi o apoio de pessoas que diziam coisas como “well done, Renata”, algo como “muito bem”, e me ajudaram a correr até a linha de chegada.
Faltando poucos menos de 500 metros para completar a prova de 5 km da KLM Curaçao Marathon, avistei a fachada de outro hotel, desta vez o Courtyard Curaçao, da rede Marriott, local onde o Esportividade ficou hospedado na parte final da viagem, e só pensava que, assim que chegasse ao hotel, daria um mergulho na piscina.
A ideia de usar a piscina convencional do Courtyard ou a que tinha hidromassagem, o incentivo das pessoas que se juntavam na curva de chegada da prova, o apoio das pessoas paradas nas calçadas que tocavam na minha mão enquanto eu buscava acelerar nessa fase final de prova (o famoso sprint): tudo isso só me fazia ter ainda mais certeza de que Curaçao é quentíssimo e as pessoas de lá, se é que a palavra existe, são “calorosíssimas”. E esse calor humano fez toda a diferença. As inscrições para a 12ª KLM Curaçao Marathon, organizada pela Foundation Run in the Sun, já estão abertas; o evento acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro de 2025.
No paraíso tem corrida, águas cristalinas e opções de “maraturismo”
Brasileiros que queiram viajar para Curaçao, no mar do Caribe, a poucos quilômetros do continente sul-americano, podem voar de diversas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, e realizar escala em Bogotá, na Colômbia, ou no Panamá, contabilizando aproximadamente dez horas de viagem. Há voos diretos da Azul saindo do aeroporto de Confins (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, com duração de seis horas até o destino.
No paraíso tem corrida: veja vídeo de treino em praia paradisíaco de Curaçao, no Caribe:
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De acordo com o Curaçao Tourist Board, o conselho de turismo local, o Brasil ocupa uma das primeiras posições no ranking de países que mais frequentam a ilha e, mesmo sem precisar de visto para entrar, é obrigatório apresentar o comprovante de vacinação contra febre amarela. É preciso ainda preencher formulário antes do embarque (clique aqui).
Com cenários paradisíacos, além do mar azul característico das praias caribenhas, até 2010 Curaçao fazia parte das Antilhas Holandesas, logo a arquitetura típica das casinhas coloridas é vista pela cidade. É possível se hospedar em hotéis e resorts ao longo da ilha; quanto mais afastado do centro histórico, menos opções de lazer e gastronomia. Um que fica bem pertinho da ponte Rainha Emma, que liga Otrobanda a Punda, é o Brion City Hotel, hospedagem com café da manhã, piscina e academia – além de um visual incrível para a baía St. Anna.
Há também o Courtyard by Marriott, hotel que, apesar de não ser de frente para o mar, possui uma vista deslumbrante para ele. O local ainda oferece café da manhã completo e opções de almoço e jantar no gastrobar localizado no lobby. Além de piscina com cascata, o Courtyard ainda tem piscina com hidromassagem. Localizado a poucos minutos de caminhada do centro, o hotel oferece a possibilidade de usar a academia de um hotel parceiro, bem próximo.
Aos apaixonados por aventuras existem diversos passeios na ilha – desde uma experiência de mergulho com cilindro em alto mar até um passeio de quadriciclo. Montados em bicicletas elétricas que funcionavam até mesmo sem a necessidade de pedalar, realizamos um passeio pelos principais pontos turísticos do centro histórico de Willemstad, capital de Curaçao.
A atividade, realizada pela empresa Step by Step Curaçao, contou com guia brasileiro, que apresentou a histórias e as belezas naturais do local com explicação totalmente em português. O agendamento para esse e outros passeios podem ser feitos pela empresa de turismo Guia Brasileiro em Curaçao.
A cobertura da 11ª KLM Curaçao Marathon no Esportividade foi apoiada por Conselho de Turismo de Curaçao (Curaçao Tourist Board), Courtyard Curaçao, Brion City Hotel, ClassPass e óculos Baixa Pace.
Saiba como foi a maratona:
Na caribenha Maratona de Curaçao, ‘maraturismo’, e não tempo, é o que vale