Praticantes de atividades físicas ativos são minoria na cidade de São Paulo
Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 25 de setembro de 2019, mostra o quão desafiador é fazer o paulistano praticar atividades físicas. “Viver em São Paulo: Esporte”, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope Inteligência, indica que a maior parte da população da cidade de São Paulo não estava esportivamente ativa quando da realização das 800 entrevistas, em abril de 2019.
Eram considerados sedentários 48% dos entrevistados, pois eles não se exercitavam havia mais de 12 meses; 15% tinham interrompido a prática nesse período; e 37% ainda praticavam alguma atividade física.
A complexidade da questão fica evidente quando é analisado o motivo pelo qual a pessoa entrevistada estava sedentária: a “falta de tempo” venceu “de lavada” o segundo colocado, “problemas financeiros”: 39% a 24%. A zona sul é a região da capital paulista em que mais gente disse faltar tempo: 48%.
“Falta de tempo” e “problemas financeiros” são motivos que extrapolam o esporte. A perda de horas no transporte público, por exemplo, afeta diretamente a prática de atividades físicas. A dinâmica da cidade, a falta de dinheiro e a jornada dupla – “trabalho mais serviços domésticos” –, especialmente feminina, têm impacto direto nela.
A maior parte dos sedentários, que são 48% dos paulistanos com 16 anos ou mais, é formada por mulheres (62%), pessoas cujo poder econômico é compatível com o da classe C (61%), pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos (50%) e pretos e pardos (51%).
Em contrapartida, os praticantes regulares, 23% dos paulistanos maiores de 16 anos, são, em sua maioria, mulheres (55%), pessoas de classes A/B (60%), pessoas com renda familiar superior a cinco salários mínimos (43%) e brancos (52%).
Não há como reduzir de forma significativa o número de sedentários sem que haja grandes alterações socioeconômicas. É por isso que a questão é complexa e não será resolvida do dia para a noite.
Clique aqui para conferir mais resultados da pesquisa, cuja margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.