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Corrida de rua 13/06/2023

Maratona do Rio é quente e dura, mas é calorosa quando mais se precisa disso

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade

Presença feminina foi marcante na Maratona do Rio-2023 (Ricardo Fantagussi/Fotop)

Se uma palavra pudesse resumir a Maratona do Rio de 2023, seria “calorosa”. Embora tenha apresentado números tão imponentes quanto os morros e os monumentos da capital fluminense, o evento foi condizente com a fama mundial do Rio de Janeiro. Na cidade do Cristo Redentor, “aquele abraço” foi sentido pelos corredores – especialmente em momentos de dificuldade da segunda metade dos 42,195 km.

Maratona do Rio de 2023: meia no sábado (Guilherme Leporace/Sandra Guedes/Maratona do Rio)

Organizado por Spiridon e Dream Factory, o evento propõe-se a ser o maior festival de corrida de rua do Brasil – e de fato o é. As outras três provas, 5 km, 10 km e 21,097 km, não são uma mera formalidade. Além de darem oportunidade de participação a pessoas diversas, complementam-se de tal forma que existem atletas que encaram duas (Desafio Cidade Maravilhosa) delas, três delas ou todas elas.

Foto “obrigatória” nos “42k” na Marina da Glória (Esportividade)

Por se tratar de um “mosaico de corredores”, cuja maioria é formada por participantes de outros estados brasileiros, o evento é bastante heterogêneo. Isso já pôde ser percebido no sábado, 10 de junho de 2023, último dia de entrega de kits na Marina da Glória. No fim da manhã, mais de 18 mil pessoas já haviam conquistado ao menos uma medalha, pois foi o dia dos 21,097 km, cuja largada foi autorizada no Leblon, e dos 5 km, com largada e chegada no Aterro do Flamengo. Quem deixou para buscar seu material de corrida no sábado, então, encontrou um clima festivo, bem menos tenso que o de outras ocasiões.

Um pouco antes de largada de pelotão da Maratona do Rio-2023 (Esportividade)

Já durante o procedimento de largada da maratona, iniciado às 5h de domingo, 11 de junho de 2023, não restavam dúvidas de que seria uma prova quente, com temperatura de 20ºC mesmo antes de o sol nascer. Sob essa perspectiva, a Maratona do Rio também foi calorosa.

Museu do Amanhã: trecho bonito, mas apertado (Eder Douglas Brazolin/Fotop)

Pontos que requerem atenção da organização para a edição de 2024, a 22ª, foram observados justamente nessa primeira fase escura. A separação dos pelotões por tempo foi muito ampla – ao se inscrever na maratona, o atleta dizia, por exemplo, que pretendia completar a prova com tempo de “3 a 4 horas”, o que é um grande intervalo.

Roda-gigante iluminada: chegava ao fim a noite (Leandro Bolina Nascimento/Fotop)

Além disso, grande parte do primeiro terço de prova se deu na região central carioca, com ruas estreitas (algumas de paralelepípedo) e muitas curvas, o que gerou constantes e dificultosas ultrapassagens. A presença de pacers (ou pacemakers), que ajudam os corredores a manter o ritmo, foi muito tímida.

Cristo Redentor ao fundo: foto clássica da Maratona do Rio (Robson Rocha/Fotop)

Foi quando a noite chegou ao fim que o melhor da Maratona do Rio de 2023 apareceu. No km 22,5, na avenida da praia de Copacabana, com o sol já “pressionando” os atletas, o apoio começou a ser dado por espectadores sem ligação direta com os participantes – até então, quem os apoiava eram amigos e familiares nas imediações da reta principal.

Com morro Dois Irmãos ao fundo, cansaço começa a falar alto (Rafão/Fotop)

E esse suporte teve continuidade em Ipanema e no Leblon, onde o “temido” km 30 estava localizado. Foi essa energia que ajudou (bastante) a impulsionar os corredores de volta a Copacabana, Botafogo e Flamengo. Ali, moradores locais e turistas davam gritos de incentivo e distribuíam itens, como bala de goma e refrigerante, aos maratonistas.

Segurando bandeira do Esportividade, Andrei no último km (Danilo Alexandre Salustiano dos Santos/Fotop)

Outro grande fator de acolhimento foi, é claro, a paisagem incomparável do Rio de Janeiro: ora se via o morro Dois Irmãos; ora, o Corcovado; e, a caminho da chegada, do lado direito, o Pão de Açúcar.

Renata e Andrei ao fim da Maratona do Rio-2023 (Gustavo Perim/Fotop)

Ao fim dos duros 42,195 km, de novo entraram em ação os familiares e os amigos dos participantes, que vibraram e se emocionaram ouvindo os detalhes das histórias de superação daquela quente manhã de domingo carioca (mesmo quase no inverno).

Números da Maratona do Rio de 2023

Amanhecendo no Museu do Amanhã com maratonistas passando (Guilherme Leporace/Sandra Guedes/Maratona do Rio)

A maior prova foi, em 2023, a meia maratona, completada por 14.455 atletas com classificação geral, dos quais 50,15% eram mulheres. Nos 10 km, com 4.600 finishers, e nos 5 km, com 3.736, também houve maioria feminina: 59,2% e 62,15%.

A presença de corredoras na maratona foi acima da média brasileira: 2.118 medalhistas (isto é, 29,48%) dos 7.184 da classificação geral. Ainda existiram 1.005 homens e 369 mulheres que concluíram as duas provas mais longas do fim de semana, vencendo o Desafio Cidade Maravilhosa.

A cobertura da Maratona do Rio de 2023 feita pelo Esportividade teve o apoio de ClassPass e adidas Brasil.

Fotos Maratona do Rio – 42k: clique aqui.

Fotos: Maratona do Rio – 21k: clique aqui.

Fotos: Maratona do Rio – 10k: clique aqui.

Fotos: Maratona do Rio – 5k: clique aqui.

Resultados dos 42k: clique aqui e veja o seu.

Resultados dos 21k: clique aqui e veja o seu.

Resultados dos 10k: clique aqui e veja o seu.

Resultados dos 5k: clique aqui e veja o seu.

Leia o relato da repórter/espectadora Renata:
Na terra do Carnaval, Maratona do Rio de 2023 também é destaque na avenida

Comentários


  • Neusa disse:

    E eu fui umas das mulheres que concluiu o desafio 😍 E com mais 5km de extra.

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