São Paulo - região metropolitana
Corrida de rua 12/09/2022

Centauro Reveza mostra que dá para fazer corrida diferente em lugar batido

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade

Filipe Rodrigues, Andrei Spinassé e Daniel Fontoura, trio Esportividade (Luciana Oluvres/Fotop)

Com razão, corredores amadores paulistanos com anos de experiência reclamam da mesmice dos eventos de corrida de rua. Não aguentam mais correr nos mesmos lugares da cidade de São Paulo, como marginal do rio Pinheiros e avenida Pacaembu. A X3M, empresa do Grupo SBF, mostrou no domingo, 11 de setembro de 2022, ser possível, sim, sair da rotina mesmo estando em um tradicional polo da corrida, o Ibirapuera.

Filipe abre a prova para o trio Esportividade (André Assumpção/Fotop)

Em vez de utilizar apenas vias do entorno do mais famoso parque da cidade, a Centauro Reveza Adidas propiciou aos atletas uma experiência que a maioria deles nunca tinha tido: disputar uma prova dentro do Ibirapuera – a Corpore organizava alguns eventos lá até 2008, quando a maior parte dos atletas atuais ainda não corria.

Andrei em trilha do Ibirapuera durante Centauro Reveza (Jefferson Tavolasse/Fotop)

Tiveram a chance de “redescobrir” o interior do Ibirapuera 2.344 dos 3.430 participantes da Centauro Reveza. Os 1.086 restantes eram integrantes de quartetos que completaram o primeiro percurso, no sentido da avenida República do Líbano, ou o segundo, no da avenida Rubem Berta. Os demais puderam “desbravar” trilhas do parque e outros trechos menos óbvios que a famosa “volta do lago”. Por mais que dois componentes dos trios tenham saído à rua, todos os três correram no quarto trecho de 5,275 km, o qual teve seus momentos off-road no último terço.

Daniel corre na avenida Rubem Berta (Wallace Andrade Galdino/Fotop)

Embora já tenha feito treinos de maratona (42,195 km) dentro do Ibira, Daniel Sciacco Fontoura, integrante do trio Esportividade, sentiu-se como se estivesse “começando de novo” nas corridas de rua. “Houve aquela animação do começo, fase em que tudo era novidade, e no fim das contas o tempo de prova foi só um detalhe”, disse. “O ambiente em si e o fato de correr em equipe dão outro propósito para a corrida.”

Trio Esportividade correndo na Centauro Reveza (Tiago Lasak/Fotop)

“Conseguimos nos manter juntos, nós três, por mais de 3 km, correndo um ao lado do outro. Foi uma experiência bem diferente. Estávamos correndo como equipe mesmo”, afirmou o corredor amador, que nunca tinha feito esse percurso exato no parque.

Show de Rodrigo Santos pós-prova de revezamento (Esportividade)

“Deu até vontade de ficar mais tempo na ‘arena’ do evento, com cerveja, massagem, gravação de medalha, foto 360º e show do Rodrigo Santos [ex-baixista do Barão Vermelho]. Não deu para aproveitar tudo, mas o bom de haver muita coisa é que, mesmo que você pegue fila [e existia fila, especialmente na retirada de medalha], as pessoas acabam não se concentrando em um único lugar.”

Área em que participantes do Centauro Reveza se revezam (Esportividade)

O tempo final dos trios foi aquele do instante em que o último integrante completou o quarto e último percurso – não se fez uma média dos três no último trecho, portanto. Nos três primeiros percursos, foi computado o tempo de cada um.

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Comentários


  • As fotos do percurso que fiz não consta no site da foto. O percurso 3 que passava por dentro do parque não foi bem estudado pelo organização. Cai e me machuquei pois as raízes das árvores estavam expostas.

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