São Paulo - região metropolitana
Vôlei 06/11/2014

Campeã paulista com Osasco, cubana ganha música da espirituosa torcida

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Ponteira Kenia Carcaces, do Molico/Osasco, sacando (João Pires/Fotojump)

Ponteira Kenia Carcaces, do Molico/Osasco, sacando (João Pires/Fotojump)

Uma música embalou os poderosos saques da ponteira Kenia Carcaces, uma das contratações do Molico/Osasco para esta temporada do vôlei, na segunda partida da final do Campeonato Paulista feminino de 2014. A cubana foi a maior pontuadora do jogo contra o São Cristóvão Saúde/São Caetano, com 15 acertos, e conquistou no ginásio José Liberatti seu primeiro título como jogadora osasquense.

Quando Carcaces se preparava para sacar, a bem-humorada torcida começava a cantar: “O Brasil vai lançar foguete. Cuba também vai lançar. Lança, Cuba; Cuba lança. Quero ver Cuba lançar”.

O torcedor Carlos Pereira, da torcida Loucos de Osasco, acredita no “poder” da canção: “Não sei se ela entende a música, mas dá uma influência no jogo dela; ela sempre vira as bolas quando cantamos isso. Ela tem uma deficiência no passe, que não é muito a função dela, mas tem jogado bem”, disse.

Segundo o treinador osasquense Luizomar de Moura, Carcaces está a fim de ser uma melhor passadora. “A Kenia é uma menina que, tradicionalmente pela escola cubana, é muito voluntariosa, é uma jogadora de ataque, de força. Está se adaptando ao vôlei brasileiro, que é de estratégia, de cooperação. O de Cuba é de força, pancada. Aqui ela tem de ajudar na defesa. Ainda pode ser uma bloqueadora melhor, tem potencial para isso. Ela nunca deu tanta manchete na vida como dá aqui. Tudo isso aqui é importante para ela, que está disposta a aprender coisas diferentes. Pode ser ainda uma passadora mais regular e melhorar muito a defesa. Ela quer isso, o que é bacana”, afirmou.

Torcida do Molico/Osasco (João Pires/Fotojump)

Torcida do Molico/Osasco (João Pires/Fotojump)

A cubana disse haver na torcida de Osasco “fanáticos espetaculares” e afirmou após a conquista do Paulista: “Eu me sinto muito feliz. Para mim é muito importante já ter um título com as meninas da equipe. Compartilho a felicidade com elas. Tudo é novo, mas pouco a pouco vou me adaptando [ao vôlei brasileiro] com a ajuda do treinador, das colegas de time. Elas têm me ajudado muito”.

O Molico/Osasco derrotou o São Cristóvão Saúde/São Caetano nos dois jogos por 3 a 0 e, incontestavelmente, conquistou o terceiro título estadual seguido. Na primeira fase do Paulista, não contou com Adenízia, Dani Lins, Camila Brait e Thaisa, que defenderam a seleção no Mundial, em que foram medalhistas de bronze.

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