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Corrida de rua 28/03/2024

Maratona de Copenhague, na Dinamarca, é convite para viver ‘conto de fadas’

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade, e Renata Sá, repórter do Esportividade

Copenhagen Marathon, a Maratona de Copenhague, na Dinamarca (Sparta/Divulgação)

Quem poderia imaginar que as corridas de rua, especialmente as de longas distâncias, como as maratonas, e os contos de fadas pudessem conter semelhanças? Na prova de 42,195 km que acontecerá em 5 de maio de 2024, em Copenhague, na Dinamarca, tais particularidades ficam ainda mais evidentes. Foi na capital dinamarquesa onde Hans Christian Andersen viveu a maior parte da vida dele. O inventivo Andersen foi uma das figuras mais importantes da literatura infantojuvenil – autor de “A Pequena Sereia” e “O Patinho Feio”, por exemplo. As histórias criadas por ele atravessaram oceanos e chegaram aos “quatro cantos do mundo”. Andersen foi tão marcante para os contos de fadas que um importante prêmio internacional leva seu nome. Três brasileiros já foram agraciados com ele, que é considerado o “Nobel da literatura”: as escritoras Lygia Bojunga, em 1982, e Ana Maria Machado, em 2000, e o ilustrador Roger Mello, em 2014.

Para uma das vencedoras do prêmio, a escritora Ana Maria Machado, a origem dos contos de fadas deve ser muito antiga e retrata alguns dos ritos de passagem das sociedades primitivas. Fazendo uma analogia com a maratona, que já nasce de uma das histórias mais fantásticas da Grécia Antiga, tanto os contos de fadas como as maratonas são datadas de tempos muito antigos.

Pacemakers (ou pacers) dão ritmo necessário aos maratonistas em Copenhague (Camilla Hylleberg/Sparta)

Assim como nas histórias clássicas, para correr uma maratona é preciso seguir um “norte” – por assim dizer. A inspiração do herói é o motivo para que qualquer narrativa comece, e por que não pensar na vontade de superar os próprios limites como o passo inicial de um corredor? Na sequência de uma grande história, o personagem inicia uma jornada, deixando seu lar, sua família ou mesmo seu país. E, mais uma vez, os atletas executam esse mesmo caminho em busca dos seus sonhos.

Maratonistas são apoiados por espectadores durante a Copenhagen Marathon (Sparta/Divulgação)

Em seguida, o herói depara-se com o desafio. O que é correr 42,195 km a não ser um desafio a ser encarado? Em meio a grandes desafios, sempre existem algumas provações, sendo o protagonista testado a todo instante. É nessa hora que entra a figura do mentor/mediador, que pode ser transferido na corrida de rua para os apoiadores, que lotam as ruas para oferecer apoio. E, por fim, a conquista do objetivo, quando os heróis-corredores cruzam a linha de chegada e, após tal desafio, levam para casa a “prova” do seu grande ato, que é a medalha.

Largada da Maratona de Copenhague (Sparta/Divulgação)

Indo um pouco mais além, o que é uma corrida de 42,195 km senão um rito de passagem dos corredores a fim de alcançarem o patamar que apenas uma fração mínima da população mundial é capaz de conquistar?

Na edição de 2024 da Maratona de Copenhague, cidade em que existe uma estátua da Pequena Sereia em homenagem a Andersen, 15 mil corredores viverão seu própria história de superação em 5 de maio de 2024. E o evento terá a universalidade dos conto de fadas, uma vez que 46% dos participantes serão estrangeiros – há 38 brasileiros na lista de inscritos. As inscrições esgotaram-se ainda no mês de janeiro de 2024. O Esportividade participará da Copenhagen Marathon, cobrindo-a com o apoio da Sparta, empresa organizadora, da Embaixada Real da Dinamarca e da Nike, também patrocinadora do evento, cuja primeira edição ocorreu em 1980.

Maratona de Copenhague com Igreja de Mármore (Frederik’s Church) ao fundo (Sparta/Divulgação)

A Maratona de Copenhague apresenta-se assim: “O percurso plano e atmosférico leva você pelo centro da cidade de Copenhague, passando por marcos icônicos como o Castelo Rosenborg, a Igreja de Mármore, o Tivoli [parque de diversões inaugurado em 1843] e a Kongens Nytorv [praça Nova do Rei]. Milhares de espectadores colocarão você em uma grande festa de rua na ponte da Rainha Louise – antes que a jornada continue com gritos, música e DJs ao longo de Nørrebro, Vesterbro, Frederiksberg e Østerbro”. Com construções antigas preservadas e com modernas e sustentáveis erguidas neste século XXI, Copenhague foi considerada a “Capital Mundial da Arquitetura de 2023” pela Unesco.

Axel Towers, em Copenhague (Sparta/Divulgação)

Durante a prova de 42,195 km, os corredores ainda ficarão a poucas quadras do Nyhavn, canal (datado do século XVII) mais conhecido da capital dinamarquesa. É lá onde existem as famosas casas coloridas e os barcos, amplamente fotografados por turistas e moradores locais. Hans Christian Andersen teve três endereços lá.

Torcida impulsiona corredor em Copenhague (Sparta/Divulgação)

A Dinamarca, segundo um estudo, World Happiness Report, de 2023, é a segunda nação “mais feliz do mundo”, ficando atrás somente da Finlândia, também um país nórdico, de acordo com os critérios estabelecidos pelos pesquisadores para medir a felicidade da população, como PIB per capita, apoio social, esperança de vida saudável, liberdade, generosidade e percepções de corrupção. O Brasil foi o 49º colocado nessa lista.

E a Copenhagen Marathon dá a chance aos corredores brasileiros amadores de um final feliz em um dos países mais felizes do mundo – impulsionados pelos dinamarqueses e pelos milhares de colegas dos “quatro cantos do mundo” que participarão da corrida com eles.

A segunda de uma sequência

Andrei e Renata, dupla do Esportividade, na avenida Paulista (Esportividade)

A cobertura da maratona dinamarquesa faz parte de uma série de três que o Esportividade fará na Europa nos meses de abril e maio de 2024. As outras serão a Vienna City Marathon, em 21 de abril, e a ING Night Marathon Luxembourg, em 11 de maio, sábado. O editor Andrei Spinassé correrá nas três maratonas; a repórter Renata Sá fará os 5 km de Viena.

Nas três maratonas, o Esportividade será apoiado pelas empresas organizadoras, VCM Group, Sparta e Step by Step. A cobertura da Maratona de Copenhague, patrocinada pela Nike, terá ainda o apoio da Embaixada Real da Dinamarca. Andrei e Renata se preparam para o desafio em parceria com ClassPass. O guia esportivo contará também com o apoio da Opticalia, marca espanhola de eyewear que chegou recentemente ao Brasil e pretende revolucionar o mercado de óculos.

Nesta temporada, o guia esportivo vai mostrar como corredores dos “quatro cantos do mundo” unem-se nas maratonas. Não importa o país de origem do atleta: a corrida de rua é o elemento que os conecta, e um incentiva o outro.

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