Yescom ‘compra briga’ e encabeça uma longa campanha ‘antipipoca’
Já sabendo que vai “comprar briga”, a Yescom, uma das maiores organizadoras de corridas de rua do Brasil, vai tentar coibir os “pipocas”, atletas que correm sem estarem inscritos em uma prova, já a partir da Meia Maratona Internacional de São Paulo de 19 de fevereiro de 2017. A empresa, na verdade, tomou a iniciativa de se tornar a primeira grande do ramo a fazer uma campanha em redes sociais contra esses “pipocas” e de conscientização sobre como eles afetam negativamente um evento. Nas próximas semanas vai se reunir com outras empresas e, posteriormente, com o poder público para eles buscarem juntos soluções; do primeiro encontro a imprensa especializada foi a convidada.
- Opinião do Esportividade:
Discussão sobre preço de inscrição ofusca tentativa de debater ‘pipocas’
O que houve na Corrida de São Silvestre-2016, em que é uma prestadora de serviço, foi a “gota d’água”, e foi justamente água que faltou para quem corria no pelotão traseiro. A Yescom atribuiu aos não inscritos – que, segundo ela, representavam cerca de 30% do total – grande parte da responsabilidade pelo que houve, mas disse ainda não ter encontrado a solução de abastecimento de água ideal para seus maiores eventos – como você lê em Maratona de SP: falta água, e atletas passam por apuros; ‘heróis’ os salvam, não foi a primeira falta de água em uma prova dela. Depois da São Silvestre, foram tiradas fotos de caixas de água ainda fechadas, dando pistas de uma falha de distribuição.
Na Meia da Yescom, já na praça Charles Miller, diante do estádio do Pacaembu, os atletas encontrarão novidades: somente possuidores de número de peito poderão acessar a área de largada. A ideia inicial é que a equipe de apoio use uma camiseta com o slogan da campanha “antipipoca”. Nos postos de água, uma mensagem como “água somente para quem tem número de peito” será visível. Antes da chegada será feita uma triagem inicial para impedir que os não inscritos entrem no local, e os corredores passarão por uma triagem final na retirada de medalha, água e lanche.
A campanha “antipipoca” circulará em redes sociais da Yescom e aparecerá até mesmo em um panfleto que será entregue com o kit dos atletas da Meia-2017.
De acordo com a Yescom, a presença de “pipocas” encarece as inscrições de uma corrida, uma vez que o evento acaba por ser maior do que precisaria ser – com eles é imprevisível saber quantas pessoas aparecerão. A companhia argumentou que, embora as ruas sejam públicas, quando paga taxas tem o direito de utilizá-las e que não são poucos os procedimentos legais exigidos para a realização uma prova.
A empresa disse ter conhecimento de casos de “pipoca” mais sérios, como duplicação (ou multiplicação) de números de peito, tentativas de obtenção de medalha exibindo o número de peito de outro evento qualquer e utilização de inscrição de um idoso terceiro para ter 50% de desconto. Afirmou já tomar as medidas legais cabíveis contra essas pessoas.
A Yescom espera que a campanha sirva para nos próximos cinco anos alterar um cenário que, de acordo com ela, vai piorar se nada for feito, podendo até ter como resultado acidentes graves com participantes.
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Baixe o preço das inscrições que não acontecerá isto. YESCON, precisa aprender com outras empresas. Se depender de mim, NUNCA mais receberá um centavo meu. Acordar GALVÃO BUENO.