Vôlei: jogo em São Caetano é “uau”, mas banheiros deixam a desejar
A tranquilidade do bairro do Olímpico, em São Caetano do Sul, pode ser quebrada por partidas de futebol de maior expressão no estádio Anacleto Campanella, mas, em geral, é mantida quando acontecem no ginásio Milton Feijão, também do Complexo Poliesportivo Lauro Gomes de Almeida, jogos de vôlei. Somente quando se está nas imediações da entrada do local se percebe a movimentação de espectadores. Ainda mais às 21h de uma terça-feira em uma região essencialmente residencial.
Não foi necessário chegar ao ginásio com antecedência para ver de perto São Cristóvão Saúde/São Caetano x Vôlei Amil, uma partida da segunda rodada do segundo turno da Superliga feminina 2013/2014, em 21 de janeiro de 2014. Não existiam dificuldades de estacionamento e entrada, que é gratuita. De um lado, estavam jogadoras desconhecidas do grande público, como as ponteiras Thaisinha e Sabrina Floriano. Do outro lado, havia uma das melhores equipes do Brasil, vice-líder da competição, com as centrais Carol Gattaz e Walewska, as ponteiras Kristin e Natália, a oposto Tandara, a levantadora Claudinha e a líbero Michelle.
O time da casa não impôs dificuldades, e o de Campinas triunfou por 3 sets a 0 (21/16, 21/15 e 21/8). Até pela superioridade das jogadoras visitantes, a torcida em momento algum cantou “São Caetano, São Caetano” – ou algo do tipo. Mas, principalmente no primeiro set, se ouviram reclamações contra a arbitragem vindas da arquibancada. Nada parava, porém, o Vôlei Amil, que ainda era beneficiado por erros de recepção e ataque do São Caetano Esporte Clube, que um dia, até a temporada 2009/2010, já teve jogadoras como Fofão, Mari e Sheilla.
À moda antiga é o locutor do ginásio Milton Feijão. Durante as pausas, ele diz frases motivacionais, menciona quem faz parte da equipe técnica do evento e conclui suas falas com um “uau”. Até é possível ouvir timidamente alguns espectadores repetindo o “uau” depois de o locutor dizer sua tradicional interjeição.
Outra característica particular do Milton Feijão é o corredor elevado atrás da quadra, do qual é permitido ver o jogo – mas em pé. Quem observa a partida de lá tira proveito de um ângulo diferente, e ótimo, da partida. Vale a pena passar ao menos um set lá.
Aparentemente, o Milton Feijão, um ginásio municipal, é bem cuidado, mas quem procura os sanitários percebe que não é bem assim. A situação dos banheiros para os espectadores é precária. No masculino, por exemplo, há privadas sem assento. Essa foi a única ressalva da noite.
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