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Vôlei 13/07/2015

Vôlei: curiosidades do fim de semana de Grand Prix: revelação, admiração…

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Bárbaca e Joycinha no bloqueio (Alexandre Arruda/CBV)

Bárbara e Joycinha no bloqueio (Alexandre Arruda/CBV)

A seleção brasileira feminina manteve-se com 100% de aproveitamento no Grand Prix-2015 de vôlei. Bateu Bélgica (3 sets a 0), Tailândia (3 sets a 1) e Alemanha (3 a 0) no ginásio do Ibirapuera e classificou-se para a fase final da competição. Confira curiosidades do fim de semana de evento em São Paulo.

Confusão nos placares

No sábado, placar finalmente ganhou telão próprio (FIVB/Divulgação)

No sábado, placar finalmente ganhou telão próprio (FIVB/Divulgação)

Durante a etapa brasileira do Grand Prix houve três placares diferentes: os fixos do ginásio do Ibirapuera, os telões em que eram exibidas imagens dos jogos e telões destinados apenas a isso.

Os torcedores tinham maior dificuldade quando os telões passavam tanto cenas da partida em andamento como seu placar, que, consequentemente, desaparecia às vezes. Esse problema foi resolvido quando outros dois telões passaram a exibir exclusivamente o resultado parcial do duelo.

A mais admirada

Jaqueline, ponteira do Brasil (FIVB/Divulgação)

Jaqueline, ponteira do Brasil (FIVB/Divulgação)

Jaqueline sem dúvida foi a jogadora que mais chamou atenção da torcida. Aos poucos volta ao ritmo de jogo após uma pneumonia, e já no domingo, contra a Alemanha, entrou com o primeiro set em andamento, permaneceu em quadra e tornou-se a maior pontuadora da partida (13 pontos).

“No momento em que comecei a jogar vôlei, eu não imaginava estar aqui neste momento com todo esse carinho, com as pessoas sempre me apoiando e minhas redes sociais sempre ‘bombando’. Não imaginava que eu fosse tão querida como agora. Ficou muito lisonjeada e tento retribuir isso da melhor maneira possível”, disse a ponteira.

Fora de quadra, a bicampeã olímpica, casada com o também ponteiro Murilo, andava “para lá e para cá” com o filho Arthur, de um ano e meio.

Não tinha mais expectativa…

Vibração Bárbara (23) no jogo contra a Alemanha (FIVB/Divulgação)

Vibração Bárbara (23) no jogo contra a Alemanha (FIVB/Divulgação)

Até um ano atrás era difícil imaginar Bárbara, então central do Sesi-SP, na seleção brasileira. A catarinense era reserva de Ana Beatriz e Fabiana e quase não participava dos jogos. Porém, quando Monique se lesionou, o treinador Talmo de Oliveira colocou Bárbara na posição de oposto. Foi tão bem que chamou a atenção de José Roberto Guimarães, que a convocou.

Em entrevista ao Esportividade, Bárbara, com quase 28 anos, revelou: “Chegou uma hora em que achei que eu não fosse chegar mais à seleção, mas desde sempre era um sonho. Foi triste, porque eu pensei que teria de desistir dele. Mas no fundo pensava que jogadoras mais velhas chegavam lá também. Comecei a colocar na minha cabeça que eu poderia [ser convocada]. É uma oportunidade de ouro: algumas meninas não estão aqui [desta vez] e o Zé teve de fazer uma convocação grande para a disputa de dois campeonatos”.

A central/oposto, que fez cinco pontos na vitória por 3 sets a 0 sobre a Alemanha, está já com o grupo que disputa a partir desta semana os Jogos Pan-Americanos em Toronto. Jogará pelo Brasília na temporada 2015/2016.

Perto de casa

A guarulhense Joyce (FiVB/Divulgação)

A guarulhense Joyce (FiVB/Divulgação)

Joycinha teve um “problema” para resolver antes da rodada brasileira do Grand Prix: muitos amigos e familiares queriam vê-la em ação. A guarulhense não jogava no Brasil desde 2012, pois não defende equipes brasileiras desde então e por um bom tempo não foi convocada por Zé Roberto. A oposto, 31 anos, teve de dar um jeito para atender aos pedidos familiares.

“Minha família está superfeliz. Deu uma confusão de ingressos, pois muita gente queria vir assistir aos jogos. Minha mãe, minha irmã, meu tio e minha prima estão aqui”, disse. “Morávamos no Lavras, mas nos mudamos para o Parque Continental 2. Gostamos de Guarulhos. Não vamos sair de lá tão cedo.”

Ela admitiu dificuldade com o estilo de jogo da seleção. “Não joguei bem na sexta-feira e no sábado. Estou me adaptando a um tipo diferente de bola. O jogo da seleção é mais acelerado, e eu sempre bati bola alta. Hoje [domingo] conversamos para tentarmos aumentar um pouco as bolas. Mas vou continuar a insistir na adaptação às bolas rápidas”, afirmou ela, que, no domingo, marcou 12 pontos e foi um dos destaques do time.

Proximidade

Saída de jogadoras do ginásio do Ibirapuera (Esportividade)

Saída de jogadoras do ginásio do Ibirapuera (Esportividade)

A torcida pôde interagir com as jogadoras ao fim do jogo de domingo. A chamada zona mista, onde a imprensa faz entrevistas com as atletas, ficou totalmente visível ao público, pois o portão ficou aberto para que as atletas brasileiras logo pudessem sair de lá e entrar no ônibus fretado. Parte delas viajaria em seguida para Toronto, no Canadá; outra, para Catania, na Itália.

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