São Paulo - região metropolitana
Vôlei 13/10/2014

Vida continua: após derrota do Brasil, jogadoras encaram clássico regional

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Suelle, do Sesi, e Diana, do Molico/Osasco (João Pires/Fotojump)

Suelle, do Sesi, e Diana, do Molico/Osasco (João Pires/Fotojump)

Poucas horas após derrota do Brasil para os Estados Unidos por 3 a 0 no Campeonato Mundial feminino de vôlei, resultado que impossibilitou a seleção de chegar à final da competição, colegas de cinco das jogadoras do elenco brasileiro entraram em quadra. E não era um jogo qualquer que disputariam: Molico/Osasco e Sesi-SP tiveram grande rivalidade na temporada anterior e, na última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista, no sábado, 11 de outubro de 2014, voltaram se enfrentar.

O Molico/Osasco, sem as centrais Adenízia e Thaisa, a levantadora Dani Lins e a líbero Camila Brait, ainda assim venceu o primeiro set, mas o Sesi-SP, sem a central Fabiana, virou a partida para 3 sets a 1, mantendo 100% de aproveitamento no torneio estadual. Mas não havia como ignorar a derrota brasileira na Itália.

A experiente levantadora Carol Albuquerque, campeã olímpica em 2008, relatou que, no vestiário do Sesi, o clima era de surpresa. “Pela campanha do Brasil, não achávamos que seria fácil, mas acreditávamos na vitória do Brasil. Os Estados Unidos jogaram muito bem. Ninguém esperava essa derrota da maneira como foi”, afirmou.

A ponteira Suelle só soube do resultado da seleção brasileira quando chegou ao Sesi, onde pegaria o ônibus do time para ir a Osasco. “Estou pasma até agora, para falar a verdade”, admitiu. “Uma equipe invicta, sobrando dentro de quadra, e acontece uma coisa dessas… Obviamente, não existe time bobo lá. Mas os Estados Unidos mereceram a vitória. Serve de lição: mesmo quando você está muito bem, não pode relaxar, não pode se acomodar, porque pode vir outro time e pisar em você. Ficamos tristes por elas, que são guerreiras e trabalham muito para estar lá.”

Ivna, ex-colega de Carol e Suelle, mas agora de volta ao Osasco, disse ter enviado uma mensagem de apoio à levantadora Dani Lins, que, assim como ela, saiu do Sesi para defender o Molico nesta temporada. “Gosto muito da Dani; mandei uma mensagem para ela depois do jogo. Ela tem de ter essa força agora. A derrota faz parte, infelizmente, do nosso trabalho”, declarou a jogadora, que atua na posição de oposto.

O Brasil superou a Itália por 3 sets a 2 e obteve a medalha de bronze no Mundial de 2014. Agora cabe a cada treinador verificar as condições das cinco jogadoras já mencionadas para a disputa dos playoffs do Paulista. A líbero Léia, do Pinheiros, também foi ao Mundial, mas ficou na reserva. O Sesi, por ter sido o líder da fase, se classificou diretamente para as semifinais.

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