UFC: público vive sensações distintas no Ibirapuera e até vaia luta monótona
Em 12 lutas de MMA e em mais de seis horas, muitas sensações são vividas pelos espectadores. Os do evento do UFC no ginásio do Ibirapuera deixaram os sentimentos bastante à mostra em 31 de maio de 2014, sábado. Houve de vibração após vitória brasileira a vaias depois de um combate ruim. Como no UFC não há um animador de torcida, já que Bruce Buffer é um apresentador de lutadores, não um “puxador de gritos”, a espontaneidade se faz presente.
Essa característica faz com que a opinião do público seja respeitada e ele tenha voz ativa. A luta entre o capixaba Rodrigo Damm e o russo Rashid Magomedov, ainda do card preliminar, foi um claro exemplo disso. Os três rounds não empolgaram nem um pouco a plateia, que deixou clara sua insatisfação ao fim do combate e o vaiou. O europeu foi considerado o vitorioso por decisão unânime dos jurados.
Por outro lado, momentos como a grande sequência de golpes de boxe de Kevin Souza para cima do filipino Mark Eddiva foram ovacionados. Quando o nocaute técnico foi confirmado, houve mais vibração do público. A finalização de Elias Silvério em luta contra o norte-americano Ernest Chavez foi outro exemplo de momento em que os espectadores vibraram.
Uma surpresa foi como a animada torcida de Antônio Carlos Júnior, que estava em um setor superior do Ibirapuera, conseguiu contagiar muita gente. O “Cara de Sapato” venceu o também brasileiro Vitor Miranda por decisão unânime e conquistou o título da divisão dos pesados do The Ultimate Fighter Brasil 3. “Sapato, Sapato, Sapato” foi um grito que pegou nas arquibancadas. A outra decisão do TUF 3, a da vitória de Warlley Alves sobre Marcio Alexandre “Lyoto” (médios) por finalização, teve supremacia de Warlley.
A luta principal da noite, entre Stipe Miocic e Fábio Maldonado, foi encerrada em apenas 35 segundos. A derrota do brasileiro, que foi nocauteado, fez a torcida se levantar e ir embora rapidamente.
Entrando no clima
Um grande ponto positivo do UFC para os espectadores são os vídeos preparados pela produção, exibidos poucos minutos antes da entrada dos lutadores. Servem como “aquecimento” e são bastante informativos. Também chamam a atenção as escolhas das músicas dos atletas: a expectativa é por saber qual cada um deles escolheu para sua subida no octógono. A apresentação feita por Bruce Buffer também é um show à parte.
Confira todos os resultados do evento no site oficial do UFC.
Grito de guerra
O grito de “Uh, vai morrer” já se tornou tradicional. Foi o único que conseguiu realmente tomar conta do ginásio do Ibirapuera.