São Paulo - região metropolitana
Vôlei 07/06/2014

Torcida mantém apoio ao Brasil no Ibirapuera, mas seleção decepciona

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Central Sidão e torcida brasileira no ginásio do Ibirapuera (Alexandre Arruda/CBV)

Central Sidão e torcida brasileira no ginásio do Ibirapuera (Alexandre Arruda/CBV)

Apesar do apoio irrestrito da torcida que encheu o ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a seleção brasileira masculina não deu uma retribuição à altura dentro da quadra, onde decepcionou neste sábado, 7 de junho de 2014, e foi derrotada pelo Irã. Diferentemente do que aconteceu no estádio do Morumbi, onde, na sexta-feira, a seleção brasileira de futebol foi vaiada durante o último amistoso antes da Copa do Mundo, neste sábado não houve nenhum tipo de protesto na partida de vôlei, mas os espectadores não puderam comemorar a vitória de um set sequer.

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Desta vez houve mais espaço para a espontaneidade dos torcedores no ginásio paulistano. O operador de som apenas soltava músicas nos intervalos. Às vezes, com o uso de uma bateria eletrônica, sugeria um ritmo para que as pessoas o acompanhassem com seus bastões infláveis, dados como brinde, mas, quando os espectadores já entendiam o recado, ele não mais interferia. A interferência de animadores de torcida, então, foi mínima.

Torcida iraniana no ginásio do Ibirapuera (FIVB)

Torcida iraniana no ginásio do Ibirapuera (FIVB)

Na sexta-feira, dia 6 de junho, quando o Brasil também teve dificuldades, mas superou o Irã por 3 sets a 2, uma cena curiosa foi vista. Havia no Ibirapuera alguns torcedores iranianos, e um deles fazia muito barulho com uma espécie de corneta. Os torcedores brasileiros aproveitaram essa situação e, no ritmo ditado pelo iraniano, gritaram “Brasil, Brasil”, encobrindo os gritos de “Irã, Irã”.

Embora mais de 10 mil pessoas tenham mostrado no Ibirapuera apoio à seleção brasileira, esta não foi bem. O Brasil termina sua campanha em casa nesta Liga Mundial de uma forma inesperada: com quatro derrotas e apenas duas vitórias. Também atuou em Jaraguá do Sul (SC) – contra a Itália – e em Maringá (PR) – contra a Polônia.

Brasil x Irã no ginásio do Ibirapuera (Alexandre Arruda/CBV)

Brasil x Irã no ginásio do Ibirapuera (Alexandre Arruda/CBV)

Bruninho admitiu o fraco desempenho da seleção neste sábado. “Não podemos ter uma atuação como a que tivemos hoje”, disse. “O Irã teve os méritos dele, jogou muito bem taticamente, mas nossa partida foi muito abaixo do que estamos acostumados taticamente e tecnicamente. Acusamos o golpe e temos perdido a confiança nessas últimas semanas. Precisaremos readquiri-la rapidamente se quisermos chegar à fase final da Liga Mundial. Fracassamos diante de nossos torcedores aqui e simplesmente não entramos em quadra.” O levantador resumiu a fase pela qual a equipe passa: “Sem dúvida é o momento mais difícil [que passo com a seleção desde que cheguei a ela]”.

Bernardinho observa um choque de níveis – a maior parte dos jogadores da seleção brasileira joga no Brasil. “O saque é o que mais me preocupa e tem até a ver um pouco com uma questão cultural. No Brasil, existe uma equipe que saca de maneira forte [Sada Cruzeiro], diferentemente das outras. O nível internacional é outro. O Brasil deu uma estacionada e nós temos de encontrar formas de crescer – todos juntos, clubes, seleção. Vamos trabalhar para que possamos achar uma consistência perdida. Não conseguimos ter regularidade alguma”, declarou o treinador.

Brasil x Irã no ginásio do Ibirapuera (Alexandre Arruda/CBV)

Brasil x Irã no ginásio do Ibirapuera (Alexandre Arruda/CBV)

Agora o Brasil jogará nas casas de Irã, Polônia e Itália. Esta já está classificada para a fase final da Liga Mundial de 2014 por ser o país-sede.

Saiba como foi o jogo de sexta-feira, 6 de junho de 2014:
Público passa por sufoco para chegar ao Ibirapuera; Brasil, para superar Irã

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