Torcida brasileira dá show no Grand Prix e contagia até a Coreia do Sul
As equipes que mais torcida tiveram na rodada brasileira do Grand Prix de vôlei saíram vitoriosas do ginásio do Ibirapuera em 10 de agosto de 2014, domingo. Obviamente, a torcida do Brasil comemorou o terceiro triunfo por 3 sets a 0 em três jogos da seleção local, que desta vez superou a dos Estados Unidos. Mas não era tão óbvio assim um apoio brasileiro à Coreia do Sul, que venceu de virada a Rússia por 3 a 1 no jogo final da etapa.
A torcida foi contagiante nos últimos pontos do terceiro set de Brasil x Estados Unidos. A partir do momento em que a seleção bicampeã olímpica alcançou o match point depois de uma largadinha de Tandara, os 10.315 espectadores transformaram o ginásio no que chamam de “caldeirão”, especialmente em um rali que poderia ter definido o último set em 25 a 23. O Brasil chegou a perder a vantagem e ter de defender um o match point quando as norte-americanas chegaram a 27 a 26, mas um ataque de Sheilla, outro de Fabiana e um bloqueio simples também de Fabiana definiram a partida.
“Com a ajuda da torcida, a vitória aconteceu da forma de 3 a 0. Sem a torcida, não teria sido dessa maneira como foi”, declarou o treinador José Roberto Guimarães, segundo o qual um placar adverso para o Brasil também teria sido um resultado plausível, já que a equipe norte-americana é igualmente forte, tanto que superou a brasileira em quatro amistosos no mês passado. “O que percebi do jogo é que, apesar do resultado, os times são muito equivalentes. Hoje vencemos, mas eles ganharam os quatro amistosos. Não fico tranquilo por termos vencido por 3 a 0. Hoje fomos melhores, mas sabemos da igualdade de nível.”
O canto não foi a ação mais comum da torcida brasileira durante os três jogos da seleção. A canção “Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor” só pôde ser ouvida uma vez – e a adesão a ela não foi tão grande quanto em outros tempos. O som dos bastões infláveis foi mais forte. Era mais comum o grito de “ace, ace”.
A maioria dos espectadores foi embora do local e não assistiu a Rússia x Coreia do Sul, que teve início às 12h30. A estimativa é que 1.794 pessoas tenham ficado no ginásio para acompanhar a partida. Mas os que lá estavam não deixaram de mostrar apoio às sul-coreanas. Não foram poucas as vezes que os torcedores puxaram “Coreia, Coreia” e “ace, ace”. Até mesmo as sul-coreanas reservas ficaram contagiadas e repetiram “ace, ace” em alguns momentos.
Quem ficou presenciou um desempenho de gala de Kim Yeon-Koung, a camisa 10 da Coreia do Sul, que marcou 42 dos 98 pontos de seu time e quebrou o próprio recorde de pontos em um jogo deste Grand Prix. A Rússia concluiu a rodada sem uma única vitória.
O Grand Prix é uma competição feminina anual e, especialmente neste ano, tem um caráter preparatório, pois o Mundial, em que o Brasil buscará um título inédito, acontecerá em setembro e outubro na Itália.
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