São Paulo - região metropolitana
Basquete 28/09/2015

Torcedor sofre menos fora do ginásio, mas mais dentro e vê Real campeão

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Pivô Rafael Hettsheimeir, do Bauru (Caio Casagrande/Bauru Basket)

Pivô Rafael Hettsheimeir, do Bauru (Caio Casagrande/Bauru Basket)

O torcedor que estava tranquilo por ter comprado ingresso pela internet para assistir na sexta-feira, 25 de setembro de 2015, à primeira partida entre Bauru e Real Madrid teve surpresas negativas. Mesmo tendo chegado ao ginásio do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, com certa antecedência enfrentou uma longa fila para retirar seu tíquete no único guichê disponível para isso. Depois dos problemas da sexta-feira, a Ingresso Rápido, que vendia as entradas para a Copa Intercontinental de basquete, colocou em serviço novos pontos de retirada no domingo, dia da segunda e decisiva partida.

Entrevistado às 19h40 de sexta-feira, 1h20 antes de o jogo começar, Felipe Petit, representante comercial, membro da torcida Loucos da Central, contou: “Chegamos aqui às 17h50. Disseram-nos que a bilheteria seria aberta às 19h, mas houve um atraso. Sou de Bauru e rodei mais de 300 km para estar aqui. Saímos da cidade às 13h. Se eu conseguir pegar o jogo desde o início prometo que nem sequer vou reclamar; vou agradecer a Deus”.

Ginásio do Ibirapuera durante partida de domingo (FIBA Américas/Divulgação)

Ginásio do Ibirapuera durante partida de domingo (FIBA Américas/Divulgação)

Pouco tempo depois dessa entrevista, começou a chover intensamente na região do ginásio. Pessoas que compraram ingresso pela internet, pagaram taxa de serviço de 18% e enfrentaram fila tomaram chuva durante a espera.

No entanto, no domingo, a Ingresso Rápido reforçou a operação. Havia até mesmo postos de retirada de ingressos improvisados, já fora das bilheterias, para que houvesse mais pontos de atendimento. Isso deu certo: a reportagem do Esportividade visitou o local e não observou filas. Procurada, assessoria de imprensa da empresa ainda não deu uma resposta sobre o que aconteceu na sexta-feira.

Ricardo Fischer marcou 26 pontos e teve grande atuação no domingo (Caio Casagrande/Bauru Basket)

Fischer marcou 26 pontos e teve grande atuação no domingo (Caio Casagrande/Bauru)

Em quadra, porém, a situação foi invertida: a partida de sexta-feira foi melhor para o Bauru que a de domingo. No primeiro duelo, o time paulista, que em determinado momento ficara 17 pontos atrás no placar, bateu o Real Madrid por 91 a 90. O pivô Rafael Hettsheimeir, com 27 pontos, foi o cestinha do jogo, tendo acertado seis dos nove arremessos de três pontos que fez. O ala Léo Meindl, que deixou a quadra com 15 pontos assinalados, também foi importante para a reação do Bauru.

No domingo, um início ruim de partida (12 a 0 em certa hora) custou bastante caro ao Bauru, que até chegou a empatar, mas não segurou o resultado por muito tempo. As bolas de três pontos de Hettsheimeir não caíram tanto, e ele marcou 17 pontos. O armador Ricardo Fischer, com 26, foi o cestinha do time paulista, que pegou poucos rebotes. Com vitória por 91 a 79, o Real Madrid, cujo armador Sergio Llull foi eleito o melhor jogador da competição, repetiu feito de 1981 e, no mesmo ginásio do Ibirapuera onde bateu o Sírio, conquistou a Copa Intercontinental (agora pela quinta vez).

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