Sesi finalmente dá recompensas aos torcedores que lotaram ginásio da Vila
O torcedor da equipe masculina do Sesi-SP passou por maus momentos ao longo desta temporada. Viu seu time ser batido pelo Taubaté/Funvic na final do Campeonato Paulista de 2014, ser eliminado em casa pelo Vôlei Canoas ainda na primeira etapa da Copa Banco do Brasil de 2015 e não apresentar um vôlei consistente na fase classificatória da Superliga masculina 2014/2015. Mas, justamente em seu último jogo no ginásio da unidade da Vila Leopoldina neste semestre, o Sesi deu três recompensas aos espectadores: uma atuação convincente, o “troco” no Taubaté e a classificação à final após vitórias por 3 sets a 1 fora e dentro de casa.
De uma temporada para outra, o Sesi trocou de levantador – Sandro saiu e Marcelinho foi contratado –, de oposto – Théo no lugar de Evandro – e de central – Sidão foi para o Taubaté e Riad chegou. Também sentiu muito a ausência de Murilo, que passou por outra cirurgia no ombro direito.
O ponteiro passador, porém, voltou às quadras em janeiro e teve papel fundamental no crescimento do Sesi-SP. “É muito sacrifício, para falar a verdade. Superando obstáculos todos os dias”, admitiu. “A primeira lesão no ombro foi difícil, e depois de fazer a segunda cirurgia desanimei bastante, mas coloquei na cabeça que ainda dava, que tenho condições. Tenho consciência do que preciso ainda melhorar e corro atrás disso diariamente. Chegar à final é gratificante, é poder jogar contra o melhor time do Brasil, o Sada Cruzeiro.”
O passe do Sesi-SP realmente foi estável na terça-feira, 31 de março, e permitiu que o ponteiro Lucarelli fizesse 27 pontos contra o Taubaté. “Murilo é um jogador importante. Talvez não faça tantos pontos de ataque, mas dá uma consistência muito grande na recepção, proporciona que o Marcelinho tenha bola na mão e vai muito bem no bloqueio”, afirmou o treinador do Sesi-SP, Marcos Pacheco, que não deixou de valorizar o reserva Maurício Borges, contratado na fase de recuperação de Murilo.
Mas agora o que importa é a final contra o Sada Cruzeiro. “Buscamos força para tentar mudar o que aconteceu em 2014, quando perdemos lá por 3 sets a 0. Vamos tentar fazer com que a história seja diferente neste ano”, afirmou o marido da também ponteira passadora Jaqueline. “E a dor praticamente zerou, mas ainda há limitação, uma falta de força, o que é nítido no ataque, mas tem melhorado. Espero estar em um bom nível na decisão, mas sei que talvez não evolua tanto quanto eu gostaria nesse curto intervalo de tempo.”
A final de 2014 ainda incomoda o Sesi. “Tentaremos reescrever uma história. No ano passado, não tirando o mérito do Cruzeiro, jogamos muito abaixo de que poderíamos ter jogado. Torcia por outra oportunidade de fazer um jogo digno de uma final”, afirmou Pacheco, segundo o qual eles sabiam que “em algum momento o time iria engrenar” nesta temporada. “Nós conseguimos melhorar e ser mais eficientes no momento ideal do campeonato”, comentou.
O Sada Cruzeiro está na final novamente, o que representa a quinta em 5 temporadas. Na de 2010/2011 o adversário foi justamente o Sesi, que obteve seu primeiro e único título da competição na ocasião, quando era dirigido por Giovane Gávio. A equipe mineira possui duas conquistas de Superliga. A final será em 12 de abril, no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte, pelo fato de esta ter sido a líder da fase inicial.