Secretário de Esportes de Doria diz estudar corte de cargos em comissão
Anunciado nesta semana como secretário de Esportes, Lazer e Recreação pelo prefeito eleito João Doria, Jorge Damião de Almeida disse ser ainda “muito prematuro” tratar dos programas da pasta, porém, assim como o tucano, já fala em cortes de cargos em comissão. Levantamento feito pelo Esportividade aponta que representam em novembro de 2016 329 dos 899 postos de trabalho da Seme, ou seja, 36,59%. Os salários brutos dos quase 900 funcionários somam R$ 4,530 milhões mensalmente. Isso corresponderia a 22% do orçamento de 2017 da pasta que foi proposto por Fernando Haddad (PT) e ainda está em discussão na Câmara Municipal de São Paulo (R$ 246.171.750).
Jorge acredita que é possível a Seme ser mais eficiente. “Estudamos uma redução – segundo orientação do prefeito – dos cargos em comissão. Dá para trabalharmos com menos e melhor”, disse Jorge em entrevista exclusiva ao Esportividade. “A secretaria tem funcionários extremamente qualificados e competentes, mas precisam ser motivados. Eles são muito técnicos e preparados para fazer um bom trabalho para a cidade de São Paulo.”
De acordo com a proposta de Haddad, a Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação será a que sofrerá o maior corte orçamentário de 2016 para 2017: 58%. Apesar disso, o futuro secretário negou ter a intenção de reduzir: “Pelo contrário: é de aumentar”. Mas como? “Otimizar custos e buscar alterativas: é essa a forma mais inteligente de gestão. Agora vamos nos debruçar sobre os números, analisar os programas que são propostos e, a partir daí, projetar o futuro”, afirmou.
Declarou querer dar atenção ao esporte inclusivo a partir de janeiro de 2017: “O esporte é uma ferramenta importantíssima para a transformação. Temos de nos voltar para o social. Esta é a proposta do João: atender aos mais necessitados”.
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Na próxima semana, Jorge Damião terá uma reunião com Walid Mahmud Said Shuqair, que responde pela pasta desde a saída de José de Lorenzo Messina. A secretaria de Esportes, porém, não é novidade alguma para ele: foi secretário ajunto durante o governo Gilberto Kassab e chegou a chefiar a pasta quando Walter Feldman tirou uma licença. É um homem da mídia: era diretor de relações institucionais da TV Cultura.
Pelo projeto de lei de Haddad, o grande corte de orçamento (a ser aprovado pela Câmara ainda) diz respeito a “construção, ampliação e modernização de centros olímpicos”, que será de R$ 15,870 milhões em 2017 – e isso estava orçado em R$ 284.171.504 para 2016, mas, até outubro de 2016, apenas R$ 82.257,99 haviam sido reservados para isso. No mesmo período, o orçamento atualizado da pasta foi de R$ 302.582.598,51, valor muito abaixo dos R$ 586.006.560 aprovados para 2016.
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