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Corrida de rua 31/12/2021

São Silvestre de 2021, a menor da ‘era matinal’, parece corrida pré-pandemia

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade

Entrada de túnel na São Silvestre de 2021 (Esportividade)

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Observação (feita às 9h de 3 de janeiro de 2022): mais de 20% dos inscritos faltam à São Silvestre-2021 ou não concluem corrida.

A Corrida Internacional de São Silvestre de 2021, a 96ª edição, se assemelhou a uma prova pré-pandemia de covid-19 em sua maior parte. Depois da largada, com a liberação da remoção de máscara, somente se lembrava da crise sanitária quando se observava o público espectador. Foram pouquíssimos os atletas mascarados ao longo dos 15 km. A organização do evento pareceu desconectada do momento. Com exceção do que dizia o locutor, enfatizando a pandemia de covid-19 ainda não encerrada, adotou menos medidas práticas de higiene e distanciamento que o esperado.

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Não lavar ou limpar as mãos após ir ao banheiro é anti-higiênico em qualquer época – ainda mais agora. E os corredores que usaram as cabines químicas não tiveram acesso a formas de higienização.

32 minutos antes da largada da São Silvestre de 2021 (Esportividade)

Por mais que a organização tenha separado os atletas por setores, de acordo com o tempo de conclusão previsto, não fez uma separação física entre seções, e o fluxo de participantes era livre ali. Coube a cada um definir onde largaria e a que distância estaria das outras pessoas – não se viram medidas de coibição de aglomeração antes da largada.

Largada da São Silvestre de 2021 autorizada (Esportividade)

A menor quantidade de participantes ficou evidente ao fim da avenida Paulista: em anos anteriores, a entrada no túnel era muito congestionada; já em 2021, onde a reportagem estava, não houve qualquer tipo de parada. Cerca de 20 mil pessoas se inscreveram na 96ª edição – mais de 13 mil a menos que na 95ª. Foi a menor edição da “era matinal”, iniciada em 2012.

Em razão desse número inferior, este foi o ano certo para quem queria desenvolver velocidade após a descida do estádio do Pacaembu, e a temperatura, de, no máximo, 24ºC, também contribuiu para isso.

Saída de túnel da 96ª São Silvestre, a de 2021 (Esportividade)

Quanto à animação dos corredores, não foi uma das edições mais empolgantes: é claro que alguns participantes estavam bem-humorados (um corredor gritava para o público “ei, você aí, quero te ver aqui no ano que vem”), mas já se sentiu mais energia positiva na São Silvestre.

Começou a garoar quando atletas do pelotão intermediário estavam na Brigadeiro (Esportividade)

Ficou nítido que menos pessoas foram às ruas do centro de São Paulo para assistir à São Silvestre em 2021, e a subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio, onde a torcida faz mais diferença, estava mais quieta. Em decorrência da pandemia de covid-19, voluntários optaram por não levar cerveja ao km 14 — ou, como diz a brincadeira, 41 km da “maratona de São Silvestre”. Ficava ali, até 2019, um dos pontos altos do evento para os corredores amadores, que não tiveram essa ajuda moral (nem “etílica”) neste ano. Ao fim da corrida, receberam medalha bem menor que a de 2019.

Avenida Paulista, reta final da São Silvestre de 2021 (Esportividade)

Só pessoas que tinham tomado ao menos uma dose de vacina contra a covid-19 puderam participar da mais tradicional prova pedestre brasileira. Quem não estava com esquema vacinal completo teve de exibir resultado negativo de exame.

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