São Silvestre-2018 volta a unir brasileiros após meses de desunião e clima hostil
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A edição de 2018 da Corrida Internacional de São Silvestre, a 94ª da história, foi o evento em que o brasileiro finalmente pôde se reunir – no sentido de voltar a estar unido – após um ano de muita divisão no Brasil – principalmente por motivos políticos.
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Toda aquela agressividade vista nas redes sociais neste segundo semestre inexistiu neste dia 31 de dezembro. Prevaleceu o espírito de equipe, cujo maior símbolo foi a entrega de cerveja na subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio, na altura da placa dos 14 km completados. Não se tratava de uma ação da organização do evento: os próprios corredores doaram e distribuíram um pouco da bebida aos colegas interessados.
Ainda na subida da Brigadeiro, um participante passou mal e caiu, e pelo menos cinco pararam para ajudá-lo; apesar de saberem que essa parada significaria um atraso, preferiram dar atenção ao atleta.
No começo da prova, no túnel pós-avenida Paulista, a gritaria era de alegria, e o som produzido por milhares de pessoas era música para os ouvidos dos corredores, que, naquele trecho, no primeiro quilômetro, foram apoiados por centenas de espectadores.
Os sons da São Silvestre são peculiares, não existindo paralelo em nenhuma outra corrida do Brasil. A reportagem do Esportividade passou boa parte dos 15 km escutando um chocalho indígena que balançava conforme um participante – vestido a caráter – corria.
As horas anteriores à largada foram um show à parte. A cada ano, de acordo com os assuntos do momento, novas fantasias são vistas na prova, e a espanhola “La Casa de Papel”, uma das séries mais comentadas no Brasil em 2018, foi “retratada” na 94ª edição.
Graças à São Silvestre, o ano de 2018, tão conturbado no Brasil, teve pelo menos algumas horas de alegria genuína e reunião justamente em seu último dia e no lugar onde ocorreram as maiores manifestações políticas desta década.
Organização se sai bem
A São Silvestre-2018 foi o primeiro grande “teste” da organização do evento após os incidentes de 2016, quando, em um dia de muito calor, faltou água.
Como em 2017, ano de novas medidas, choveu antes da prova e a temperatura estava mais amena, uma pergunta ainda ficou no ar: “E como será em um dia mais quente?”. A resposta foi dada neste 31 de dezembro de 2018, e a São Silvestre foi aprovada.
Os seis postos de hidratação, no momento em que a reportagem do Esportividade passou por eles, deram conta do recado – e a sensação térmica beirou os 30ºC.
Pelo segundo ano, o controle de acesso à área de largada, onde só podiam ficar os inscritos, foi eficiente. Quando foi autorizada a saída, a reportagem gastou quatro minutos e meio de onde estava, entre os setores Verde e Marrom, até o pórtico.
Foi preciso caminhar na entrada do túnel. Na descida ao lado do estádio do Pacaembu, era ainda necessário tomar cuidado, mas o ritmo pessoal já fluía mais. No terceiro quilômetro, logo após a praça Charles Miller, os atletas puderam de fato começar a desenvolver o próprio ritmo.
O primeiro grande desafio foi o viaduto Orlando Murgel, que liga as avenidas Rudge e Rio Branco. Sem sombra, foi ali que o calor começou a ser mais sentido. Manter-se hidratado, então, foi fundamental a partir desse ponto. E a distribuição de água aos inscritos correspondeu às expectativas.
E o resultado vai sair quando classificação geral ?
Desde já obrigado Deus abençoe e um feliz ano novo