São Paulo - região metropolitana
Corrida de rua 15/07/2016

Saiba quanto custa para a Prefeitura de SP o Circuito Popular de corrida

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Largada da etapa Vila Prudente/Sapopemba (Francisco Pinheiro)

Largada da etapa Vila Prudente/Sapopemba (Francisco Pinheiro)

O Diário Oficial da Cidade de São Paulo publicou nesta semana quanto custam para a Prefeitura de São Paulo as etapas do Circuito Popular de corrida de rua. A contratada para fazê-las, desde a licitação do evento, em 2014, é a EM Empresarial Eireli. Para uma prova com 2.500 pessoas, a empresa cobra R$ 57.919,50; para 3.500, R$ 72.581,00; para 5.500, R$ 94.916,56. Por ano são realizadas de 25 a 30 corridas municipais.

Esses valores não incluem camisetas, medalhas e troféus. Cada medalha da Styllus Sport Comércio de Artigos Esportivos, segundo a tabela da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, custa R$ 1,70. Com cada camiseta feita pela Nayr Confecções são gastos R$ 10,95.

Isso significa que cada etapa para 2.500 sai por R$ 23,16 por participante, mas, com a adição de medalha e camiseta nessa conta, vai para R$ 35,81 – isso ainda sem, por exemplo, os troféus para os primeiros colocados, que também são comprados pela secretaria.

A etapa de Guaianases de domingo passado, dia 10 de julho, teoricamente poderia receber 3.500 atletas (e para essa quantidade a EM foi contratada), mas só 1.293 completaram a prova de 5 km. Sempre há muita gente que falta.

O que faz a empresa contratada

O Circuito Popular tem como objetivo estimular a prática da corrida de rua e da caminhada, as quais são oferecidas gratuitamente em diversos pontos da cidade. A secretaria contrata uma empresa para atuar nos locais, nos dias e horários definidos pela coordenação do programa e por outros órgãos, como a Companhia de Engenharia de Tráfego (a CET). Além de serviço técnico, a contratada fornece material e serviço de apoio necessário ao desenvolvimento do Circuito, cujas provas normalmente têm cerca de 5 km.

É a contratada que disponibiliza, por exemplo, um site com informações do Circuito Popular, fotografias, regulamento das provas, percurso, resultados e informações sobre retirada de kits. E esse site tem de ficar disponível para as inscrições individuais (com nome, data de nascimento, endereço, sexo, CPF e e-mail), de acordo com o calendário das provas.

Mas ainda assim a secretaria tem participação no Circuito. Acompanha e avalia as atividades realizadas pela contratada, podendo propor, por exemplo, a transferência de uma etapa para outro local. Pode solicitar a substituição de qualquer profissional caso entenda que a pessoa não cumpre as metas ou as diretrizes estabelecidas. Fornece as camisetas aos participantes e o material de premiação para todas as etapas. Ainda disponibiliza à contratada a relação de inscritos, para confecção dos chips, com cinco dias de antecedência.

Leia também: ‘corrida de shopping’:
Atletas passam por 4 ambientes na SP Run; Parque da Mônica é um deles

Comentários


  • Luiz Alves disse:

    Sim o valor pode até parecer alto, porém com a incentivação ao esporte quantos deixaram a vida sedentária e não irá utilizar o serviço público e medicamentos olhando dessa forma a economia é bem maior, o que tem que fazer é fiscalizar e ter certeza que todas as inscrições são fatos

  • Deixe seu comentário


    Enviando esse comentário estou ciente da política de privacidade deste SITE JORNALÍSTICO.