Saiba como será a corrida de verificação de protocolo da cidade de São Paulo
Observação (feita às 15h31 de 25 de outubro): confira como foi o evento-teste: corrida de verificação de protocolo de São Paulo mostra ser mais segura que parques.
Não é exagero dizer que o dia 25 de outubro de 2020 marcará o recomeço da história da corrida de rua na cidade de São Paulo. Devido à pandemia de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, faz mais de sete meses que não há provas pedestres na capital paulista. Neste domingo (25), quatro empresas organizadoras, a Iguana, a TF, a Beta e a Chelso, juntarão forças para realizar o evento-teste de verificação de protocolo sanitário municipal, a ser visto de perto pela Covisa, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde.
No sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo, 150 corredores convidados completarão duas voltas de 2,5 km cada uma, e o uso da máscara será obrigatório em todos os momentos. Não largarão juntos: a cada 30 segundos, até 30 vão ser liberados. Esses pelotões de largada serão formados de acordo com o ritmo de prova estipulado por cada um.
As diferenças em relação a uma corrida “normal” serão vistas antes mesmo disso: o horário de retirada de kit nos três dias anteriores foi definido pelo número final do CPF de cada participante – o objetivo é evitar aglomeração na loja escolhida.
Quando chegar à “arena”, o participante notará mais diferenças: ausência de palco, tendas de patrocinadores e torcida. Eis uma evolução em comparação com os eventos de corrida de rua pré-pandemia: “Os banheiros químicos serão higienizados constantemente com aplicação de produtos desinfetantes e serão disponibilizadas pias com água e sabão para lavagem das mãos, inclusive no lado de fora”.
“Serão fornecidos lenços sanitários para serem usados antes de entrar e depois de sair do local e ‘dispenser’ de álcool em gel. Haverá pias com sabão líquido, papel-toalha e lixeira com tampa de acionamento por pedal em locais estratégicos.”
Os espaços comuns, como guarda-volumes, serão organizados para permitir que haja uma distância de 1,5 metro entre os atletas. Marcas no solo, cones e organizadores de filas serão utilizados para isso.
Ao longo dos 5 km de prova, “os participantes só devem ultrapassar outros atletas quando sentirem que existe distância segura para fazê-lo; placas de comunicação, reforçando as medidas de distanciamento social e as de higiene, serão disponibilizadas ao longo do trajeto”.
Ao fim do percurso, serão entregues máscara e lenço com álcool. “Com o objetivo de evitar aglomerações, logo na chegada, os atletas devem se deslocar para locais de maior dispersão; eles não devem terminar a prova e parar logo após a linha de chegada”, diz o regulamento. Quem se sentir mal será encaminhado a uma tenda de atendimento médico.
Os corredores, que, antes da prova, respondem a um questionário sobre possíveis sintomas da covid-19, serão contatados nas duas semanas posteriores ao evento para verificação de sua saúde.
Organizadores unidos
A união de organizadores tem ligação com a Abraceo, associação nacional que surgiu em meio à pandemia. O evento-teste vai ser reconhecido pela Federação Paulista de Atletismo.
“Além de ser importante para avaliarmos o que está certo, será uma oportunidade para analisarmos o que deve ser melhorado. Será uma prova que definirá os formatos das próximas corridas nesse recomeço”, disse Paulo Carelli, presidente da Abraceo e proprietário da Iguana Sports.
Leia também:
Organizadores propõem que corridas tenham menos de um terço dos atletas
Puta exagero, isso é matar passarinho com um canhão!!!