São Paulo - região metropolitana
Rugby 19/08/2014

Rugby conversa com Allianz Parque e está aberto a diálogos com Pacaembu

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Allianz Parque em agosto de 2014 (Thiago Fatichi/Divulgação)

Allianz Parque em agosto de 2014 (Thiago Fatichi/Divulgação)

O presidente da Confederação Brasileira de Rugby, Sami Arap, revelou já ter tido conversas preliminares com os administradores do Allianz Parque a fim de que a modalidade seja inserida no rol de opções de eventos futuros do estádio palmeirense, que deverá ser inaugurado nos próximos meses. O país receberá em 7 e 8 fevereiro de 2015 pela segunda vez uma etapa do Circuito Mundial feminino de sevens, e a entidade brasileira está aberta a ouvir propostas de cidades do Sudeste e do Sul. O Pacaembu, também em São Paulo, não está descartado, principalmente se o país sediar etapa do Circuito Mundial masculino na temporada 2015/2016.

Curiosamente, o Allianz Park, em Londres, na Inglaterra, é a casa do Saracens, clube de rugby parceiro do paulistano Bandeirantes.

Allianz Parque em agosto de 2014 (Divulgação)

Allianz Parque em agosto de 2014 (Divulgação)

Em entrevista na Academia Dove Men+Care & Kibon de rugby em São José dos Campos, interior paulista, o presidente disse: “Nós conversamos com o pessoal do Palmeiras, por exemplo, para saber da possibilidade. Como é um estádio multiúso, precisa de receita [de eventos diferentes]. O rugby é um candidato a fazer com que seja aumentada”.

Sobre o Pacaembu, que será menos usado após a estreia do Allianz Parque, Sami afirmou enfrentar certas resistências. “Não descarto a possibilidade do Pacaembu, embora tenhamos recebido um comentário não oficial de que estragaria o gramado. Tudo bem, então deixa lá às traças, se deteriorando; é uma questão de administração pública em que não posso me meter”, declarou. “É possível usarmos o Pacaembu? Sim. Em definitivo? Não. Pode ser usado por exemplo para o Circuito Mundial masculino. Ou até para o feminino.”

Capitãs na Arena Barueri em fevereiro de 2014 (Divulgação)

Capitãs na Arena Barueri em fevereiro de 2014 (Divulgação)

A Arena Barueri foi a sede da primeira passagem do Circuito Mundial feminino pelo Brasil. De acordo com o dirigente, o estádio mostrou-se “perfeito” para a modalidade, já que, além de ter dimensões adequadas, conta com bons hotéis a menos de 20 minutos de lá, o que facilita o deslocamento dos atletas. Ainda no Estado de São Paulo Sami não ignora o reformado Martins Pereira, em São José dos Campos, sede do Mundial Universitário de rugby sevens, competição organizada pela CBDU (Confederação Brasileira do Desporto Universitário) e pela Fisu (Federação Internacional de Esportes Universitários).

No entanto, se houver propostas melhores, o Circuito Mundial feminino poderá sair de São Paulo e ir ao Rio Grande do Sul, por exemplo. “Não descarto Bento Gonçalves, que ofereceu o estádio da Montanha para o Circuito Mundial. Se a prefeitura chegar para mim, oferecer, por exemplo, o estádio e pagamento de alimentação para todos os atletas, direi à federação internacional que iremos para Bento Gonçalves”, disse. O que importa, então, é a melhor relação entre custo e benefício.

Julia Sardá em partida contra irlandesas (João Neto/Fotojump)

Julia Sardá em partida contra irlandesas (João Neto/Fotojump)

Atualmente, a seleção brasileira feminina de sevens, a qual estará na Olimpíada de 2016, já disputa regularmente o Circuito Mundial e foi a nona colocada na mais recente temporada. Esse não é o caso da masculina, que também estará nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, mas não tem competido internacionalmente assim. A Nova Zelândia (conhecida como All Blacks) é a atual campeã de ambos os gêneros.

Leia também:
Público faz celebração do rugby no Circuito Mundial feminino em Barueri
Atletas que são o futuro do rugby do Brasil treinarão na zona sul paulistana

Deixe seu comentário


Enviando esse comentário estou ciente da política de privacidade deste SITE JORNALÍSTICO.