Rolling Stone Music & Run com Lobão e Alceu Valença é mais ‘music’ que ‘run’
Sempre gostei das provas noturnas por diversas razões; uma delas é não precisar acordar tão cedo para correr. Imagine explicar a um não corredor que você vai acordar às cinco da manhã, calçar um par de tênis e correr pelas ruas da cidade. E mais: que você pagou por isso! Outra razão é a sensação de poder aproveitar cada momento – antes e depois da largada, além, é claro, a prova em si. Isso porque grande parte das “arenas” de corrida, principalmente as diurnas, não fornece condições para que os corredores queiram permanecer ali após a prova, como opções de compra de comida e bebidas para serem consumidas ou a disponibilidade de cadeiras, puffs ou guarda-sóis. A edição de 2023 da Rolling Stone Music & Run, prova noturna realizada em 9 de dezembro, sábado, fugiu do convencional e acertou na proposta do “music”, porém deixou a desejar no quesito “run”.
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A “arena” montada dentro do parque Villla-Lobos recebeu Lobão (Lobão & The Vanishing Volcanoes) para o show vespertino. Com o local ainda relativamente vazio, assisti à apresentação comendo uma fatia de pizza (havia food trucks pagos estacionados dentro da “arena”) e bebendo água de uma das barracas open bar da corrida (isotônicos e cervejas foram servidos somente após as provas). Com meia hora de apresentação, a energia elétrica acabou, retornando logo em seguida. Mesmo com esse pequeno defeito resolvido rapidamente, quem chegou mais cedo aproveitou o espaço e ouviu canções como “Me chama” e “Essa noite, não”, além de homenagens às bandas Legião Urbana e Beatles.
Foi de lá do palco que a organização disse que as largadas dos 5 km e dos 10 km aconteceriam ao mesmo tempo, às 19h30 (originalmente, a largada dos 5 km estava prevista para as 19h; a dos 10 km, para as 19h30). A caminhada permaneceu às 18h30. Mais de três mil pessoas completaram as provas, segundo a organização, o que causou um congestionamento que só foi melhorar próximo ao primeiro quilômetro de prova. O trajeto estava bem escuro; os poucos postes de luzes e as lâmpadas dos fotógrafos do Fotop se revezavam para iluminar o local. Vi fotógrafos alertando os corredores de lombadas e buracos. Optei, já no clima do evento, montar uma playlist com músicas de Alceu Valença e Lobão, e foram eles que me acompanharam durante o percurso.
Os participantes mais lentos do 5 km ainda estavam na pista quando os corredores mais rápidos dos 10 km passaram por eles durante a segunda volta. “Esquerda, esquerda…” (alguns mais educados; já outros nem tanto) eram ouvidos pela “galera do fundão”, onde eu estava. O trecho final, sem dúvida, foi o mais incrível. Os corredores se aproximavam novamente da “arena” ao dar a volta na “ilha musical”, trecho circular do parque. De noite, ao percorrer aquele trecho, me peguei procurando a imensa árvore de Natal montada para o fim do ano e a roda-gigante do Villa-Lobos.
Após retirar a medalha (leitores do Esportividade relataram que algumas pessoas ficaram sem medalhas*), segui para o show pós-prova, com o cantor Alceu Valença. Lá na “arena”, com pouco mais de 50 minutos de prova, já não havia mais isotônicos nas tendas open bar e algumas cervejas eram servidas quentes.
O descanso, sentada no gramado, serviu para retomar o fôlego. Por fim, com a “arena” mais cheia e sem querer ficar na “muvuca” perto do palco, optei por assistir ao show mais afastada. Ótima decisão, uma vez que o som e a visibilidade estavam perfeitos. Fui embora algumas músicas antes do fim da apresentação para escapar de uma possível saída congestionada. Lá de fora do parque, ainda ouvi Alceu cantar “La belle de jour”.
* O Esportividade entrou em contato com a equipe da Rolling Stone Music & Run e aguarda o retorno. O espaço está aberto para resposta.
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A prova tinha tudo pra ser incrível. Porém tive problemas desde a chegada. Primeiro não queriam deixar eu entrar com meu filho, só que tinham várias crianças lá dentro, segundo que na hora da largada estava tão congestionado que quase não dava pra correr. A parte da iluminação do parque, é horrível ( pra quem acha que privatizar foi bom, está aí a resposta) na hora do open bar, minha esposa conseguiu pegar um isotônico, e na hora que fui pegar a segunda cerveja já estavam servindo quente. Como minha esposa não correu pq ela ficou com nosso bebê, eu peguei o número dela pra pegar a medalha no final, e quando fui retirar a medalha a pessoa disse que nem precisava do número, e que se eu quisesse poderia pegar mais medalhas( acredito que isso teve gente que ficou sem).