Retomada de corridas está encaminhada, mas sobre ela pairam muitas dúvidas
O mês de outubro chega ao fim com melhores perspectivas para organizadores e corredores. Grande parte das empresas e dos atletas está sem eventos (presenciais) há quase oito meses, mas já foram dados passos em direção à retomada das provas em São Paulo, em cuja capital já ocorreu uma prova de verificação de protocolo sanitário municipal. Dois fatores, no entanto, podem atrapalhar esse retorno: a viabilidade econômica e um possível aumento dos números da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no Brasil.
Já é certo que, nessa retomada, os eventos terão de ser menores que os pré-pandemia. Na cidade de São Paulo, por exemplo, fala-se, por exemplo, em teto de 2 mil atletas – em um primeiro momento, com limite de 30% ou 40% do público que participava anteriormente daquele evento naquele espaço.
Esse fato inviabiliza economicamente diversas corridas de rua paulistanas, já que, nesses moldes, seria difícil até mesmo o evento se pagar. Existem, porém, alternativas, como negociação com o poder público para redução do preço do aluguel de parques ou realização de provas de trilha, especialmente aquelas em propriedades particulares.
Alguns organizadores já sinalizaram intenção de só voltar à ativa quando a maior parte da população for vacinada, mas vacinas ainda estão em teste e requerem aprovação da Anvisa. A boa notícia para eles é que, segundo o governo estadual paulista, a CoronaVac se mostrou segura, restando agora comprovação de que é eficaz. Mas não há mais previsão de vacinação antes de janeiro de 2021. Muitos atletas já disseram que só voltarão a participar de provas após serem vacinados.
Enquanto isso, não dá para ignorar o que tem acontecido na Europa, em que os casos de covid-19 voltaram a disparar. Se houver algo semelhante no Brasil (onde, na verdade, a primeira onda nem sequer terminou), o governo estadual adotará de novo medidas mais restritivas, o que fará os eventos serem paralisados novamente, quebrando todo o otimismo visto em outubro de 2020.
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Olá,
No penúltimo parágrafo o termo correto é eficácia. “Eficiência” se refere à custo-efetividade de um medicamento/vacina/intervenção, ou seja, leva em conta não apenas a eficácia/efetividade, mas também se é financeiramente viável para um indivíduo ou para a sociedade como um todo.
Abraço