Rejeitadas pela maioria, corridas virtuais podem complementar as tradicionais
As corridas virtuais são a opção de diversos organizadores para, em meio à pandemia de covid-19, tentar gerar alguma receita. Não são, porém, a escolha da maioria dos corredores: pesquisa do site Ticket Agora indica que 76% dos atletas amadores nunca participaram delas. Uma enquete feita pelo Esportividade em seu Instagram mostrou algo parecido: só 23% gostam delas.
Boa parte da resistência vem de dois fatores: preço e falta de similaridade com os eventos presenciais. O frete, que para a cidade de São Paulo pode variar de R$ 20 a R$ 30, torna os valores parecidos com os de provas reais. Essa é, certamente, a maior dificuldade das empresas para reverter a “má impressão” das corridas virtuais.
Enquanto nos eventos presenciais os custos se diluem, pois existem neles centenas ou milhares de participantes, nas virtuais há menos adesão e mais gastos com cada um dos consumidores – os fixos são menores, mas os variáveis são maiores.
É inegável que comparações entre as sensações causadas pelo real e pelo virtual são injustas com este, mas a vocação das corridas virtuais é, na verdade, a superação individual – os desafios são o que movem os participantes, que recebem uma medalha como materialização de uma conquista em um treino, por exemplo. As duas formas, portanto, são complementares, e não excludentes.
Existem diferentes abordagens para o envio do kit, como aquela em que o atleta recebe-o antes mesmo de registrar sua participação e aquela em que a medalha só é postada depois de ser enviada uma comprovação de participação à organização.
Em ambos os casos, o corredor tem a liberdade de completar o desafio quando, onde e como puder, mas há outro formato: com locutor e transmissão digital, todos correm ao mesmo tempo, mas em lugares diferentes.
Quando as corridas tradicionais forem retomadas, as virtuais poderão complementá-las: empresas terão a opção de lançar um evento em ambas as versões, agradando também a quem gosta mais do kit que da corrida – o que existe, sim – e a quem que não mora na região em que a prova será realizada.
Vou fazer a primeira virtual neste mês! Não achei a taxa cara (R$ 20,00) a medalha é bonita.