Quando voltar, corrida estará diferente e seguirá protocolo; saiba o que muda
Opinião em vídeo (observação feita às 10h18 do dia 14 de maio): Corridas ficarão mais ‘chatas’, mas voltarão a gerar empregos.
O formato dos eventos de corrida de rua vigente até o início de março de 2020 estará radicalmente modificado quando do retorno das provas pedestres, o que ainda não se sabe quando vai acontecer. Organizadores se uniram e criaram um documento a ser apresentado ao poder público e a federações com o que eles entendem ser preciso para a modalidade retornar com bem menos chance de proliferação do novo coronavírus, que causa a covid-19.
Como ainda não existe uma associação brasileira, que demoraria um pouco mais a ser constituída, formou-se uma comissão nacional a partir de lideranças regionais. A primeira pauta da comissão foi a criação de um protocolo específico do setor. “O legal é que, apesar das diferenças, surgiu uma sinergia”, disse Paulo Carelli, da Iguana Sports, em “live” promovida pelo Ticket Agora.
Marcos Pinheiro, da curitibana Sportion, nega que se trate de uma pressão para um retorno imediato dos eventos. “Estamos dando um primeiro passo. É melhor que a gente se antecipe do que chegue atrasado”, afirmou.
“Isso é só o começo. Decidimos nos unir e iniciar esse protocolo preliminar, que é um pouco genérico, abrangendo todas as frentes.”
O diretor da Iguana já enviou o documento, avalizado por médicos, para a Prefeitura de São Paulo. Quando o poder público considerar o retorno dos eventos, já vai ter em mãos um esboço de um formato mais seguro, que se adapta a provas de vários tamanhos, podendo exigir alterações, mas já tendo um “norte”. A Federação Paulista de Atletismo apoia a iniciativa.
“Estamos nos antecipando para quando forem autorizados os eventos”, declarou James Júnior, da To Goal Sports, de Manaus, segundo o qual o momento da reabertura dependerá de decisões de cada governo estadual ou municipal e não será nacional.
No entanto, assim que surgir uma oportunidade, um evento-teste, para um público pequeno e em cidade ainda indefinida, será promovido e colocará à prova o documento elaborado. Conheça um pouco dele agora.
Como, segundo a comissão, devem ser os eventos no “novo normal”
O número máximo de participantes será aquele que não gere aglomerações. Inicialmente, provas curtas serão priorizadas. Durante o processo de inscrição, os atletas terão de responder a questões sobre sua saúde. “Caso o participante apresente alguma contraindicação e/ou não aceite os termos de consentimento, não será autorizado a se inscrever.”
As empresas organizadoras terão um papel informativo antes do evento, “disseminando recomendações para diminuir riscos de transmissão de doenças infectocontagiosas”.
Retirada de kits em loja dentro de shopping center? Por enquanto, não mais. A ampliação do serviço de entrega em domicílio é sugerida; se não for possível, será com horário marcado ou em “sistema drive-thru” com horário estendido.
“Como uma forma de instruir e fornecer condições mínimas, o kit poderá conter frasco de álcool em gel, máscara e materiais educativos.”
No dia da corrida, em que não haverá espectadores, os participantes deverão usar máscaras nas áreas comuns, isto é, “arena”, largada e chegada. Será medida por infravermelho a temperatura dos corredores, e os que estiverem com febre serão encaminhados ao atendimento médico.
Na “arena”, os atletas terão de manter uma distância segura, de 1,5 a 2 metros, entre si, inclusive na fila de espera do guarda-volumes. Marcações no chão ajudarão os corredores a ficar distantes uns dos outros.
Os banheiros químicos precisarão ser higienizados constantemente, e pias para lavagem das mãos terão de estar disponíveis.
Não serão encontradas as tendas de massagem, de patrocinadores e assessorias. A formação de grupos para alongamento, por exemplo, não será permitida.
Serão chamados os pelotões de largada: para provas com até 1.500 pessoas, por exemplo, haverá ondas de até 150 atletas a cada dois minutos. Quando os corredores, ainda de máscara, se dirigirem às raias, deverão se higienizar por meio de túnel de higienização ou borrifadores manuais. Será montado um pórtico de largada e, em outro ponto, um de chegada.
Sugerem-se percursos sem muitas curvas para uma melhor fluidez da prova. Ao longo do trajeto, será fornecido material para higienização. Os atletas pegarão água com a ajuda de uma equipe treinada a fim de que não encostem em outros copos.
Ao fim da prova, serão entregues máscara e lenço com álcool. Os atletas serão estimulados a se deslocar para locais mais amplos. Tudo o que possa gerar aglomeração, como premiação e show pós-prova, será descartado.
Leia também:
Perda no esporte participativo chega a R$ 100 milhões por causa de pandemia
Corredores aceitariam perder prova com inscrição feita por receio da covid-19
Sem vacina, tô fora!
Banheiro quimico,gente atras,na frente dos lados, água que neguinho pega e troca,suor,voce acaba se limpando, principalmente sobre os olhos e a mascara n95 pra correr não dá!
As caseiras e cirúrgicas não são tão seguras.
Que venha a vacina!