Público vive incerteza e angústia antes de jogo entre Sesi e Vôlei Brasil Kirin
O treinador da equipe masculina do Sesi-SP, Marcos Pacheco, disse ter sido “de coração e transpiração” o primeiro jogo entre seu time e o Vôlei Brasil Kirin, de Campinas, nas semifinais da Superliga 2013/2014. Mal sabia ele que, fora do ginásio da Vila Leopoldina, em São Paulo, a torcida também precisou ter muita força de vontade. A reportagem do Esportividade acompanhou a entrada dos espectadores e presenciou angústia dos que estavam por mais de uma hora na fila e não sabiam se conseguiriam ver o confronto de perto.
Não bastou chegar à rua Carlos Weber com alguma antecedência para evitar as incertezas. Uma delas era onde estacionar em torno das 19h30, horário em que restam pouquíssimas vagas nas vias do agitado bairro. Outra dúvida era a principal: se haveria como ingressar no ginásio, uma vez que a fila já estava grande uma hora antes da partida e cresceu nos minutos seguintes. O Sesi não cobra ingresso e seu ginásio é relativamente pequeno.
Em vez de autorizarem uma entrada em massa, os seguranças do Sesi liberavam o acesso das pessoas aos poucos. Em determinado momento, instantes antes de a partida começar, o portão pareceu ter se fechado de vez – com uma fila de mais de 100 metros do lado de fora. A segurança não sabia dizer se mais gente entraria, pois dizia que a entrada de mais gente estava em avaliação após reorganização do público; em certa hora, chegou a comentar que ninguém mais ingressaria no local. Após muita pressão popular, finalmente os seguranças, com 12 minutos de jogo transcorridos, começaram a autorizar o acesso de mais pessoas.
A solução encontrada pelo Sesi foi dar pulseiras aos ansiosos espectadores e colocá-los em uma área do ginásio onde normalmente os membros do Serviço Social da Indústria assistem aos jogos. Alguns tiveram de ver o confronto em pé. O placar do primeiro set quando a nossa reportagem ingressou no local estava 16 a 13 para os visitantes.
Mas o Sesi conseguiu reagir e fechou aquele set em 30 a 28. Foi derrotado no seguinte por 21 a 17, mas levou a melhor nos dois posteriores: 21 a 14 e 22 a 20. O ponteiro Murilo levou o troféu “VivaVôlei” no que pode ter sido o último jogo do Sesi em casa nesta temporada.
Caso a equipe paulistana vença de novo, em 5 de abril, o Brasil Kirin, que também levou torcida à Vila Leopoldina, não haverá a necessidade de um terceiro jogo. O jogador que mais marcou pontos, no entanto, foi o ponteiro Lucarelli, também do Sesi, com 16. A equipe conta ainda com atletas como Lucão, Renan, Sandro, Serginho (líbero) e Sidão. O oposto Evandro desfalca-a, pois fraturou um dedo nas quartas de final.