Privatização do Anhembi ocasiona 2ª perda esportiva para São Paulo
A tentativa de privatização do Anhembi já afetou dois projetos esportivos: levou à revogação da licitação cujo objetivo era ceder (não vender) uma parte do terreno para a iniciativa privada para a construção de um grande ginásio, o mais importante do Estado de São Paulo, comportando 20 mil pessoas, e causou o cancelamento da etapa paulistana de 2018 da Fórmula E, que estava prevista para 17 de março.
Pode haver ainda uma outra “vítima”, o estádio de atletismo Ícaro de Castro Mello. Como com a tentativa de venda do complexo ficou inviável a construção do ginásio do Anhembi, o governo estadual idealizou-o no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães (Ibirapuera), no lugar no tradicional estádio. Ainda está em fase de estudos; se sair do papel, será erguido pela iniciativa privada.
A Fórmula E diz que o pedido partiu da prefeitura, que gostaria que o São Paulo e-Prix inaugural fosse adiado para a temporada 2018/2019.
A categoria seria a segunda a utilizar o circuito do Anhembi, na zona norte, já que a primeira foi a Indy, que realizou provas lá de 2010 a 2013.
F-E
A Fórmula E chama atenção das montadoras, como Audi, DS (da Citroën), Jaguar e Renault, e, por enquanto, há a necessidade de troca de carros (o piloto sai de um e entra em outro) durante as corridas por causa da duração da energia armazenada em cada bateria, ainda insuficiente para uma prova inteira.
Para a temporada 2017/2018, a potência de corrida subiu de 170 para 180 kW e a de treinos classificatórios manteve-se em 200 kW.
O piloto brasileiro Lucas di Grassi, paulistano e campeão da Fórmula E na temporada 2016/2017 (Nelsinho Piquet venceu a 1ª, 2014/2015), era um dos embaixadores do São Paulo e-Prix.
Tamas Rohonyi, organizador do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, estava à frente também da etapa brasileira da Fórmula E.