Primeira maratona internacional, a de Barcelona, na Espanha: lições e desafios
Ao contrário do que muitos imaginam, a Maratona Internacional de Praga de 2023, na República Tcheca, na Europa Central, não foi a primeira que o Esportividade correu no exterior. Alguns anos antes, a equipe do guia esportivo desembarcou em Barcelona, na Espanha, para participar da prova espanhola. Naquela época, nem sequer imaginávamos que cobrir maratonas internacionais se tornaria uma nova frente do site.
Com as pessoas reaprendendo a conviver entre si, o acesso à vacinação contra a covid-19 e a reabertura das fronteiras, foi preciso bastante “jogo de cintura” para encarar esse desafio. Ainda foi necessário ficar de máscara durante toda a viagem de avião, por exemplo.
A logística para a prova foi organizada pensando no custo-benefício e, de certa forma, no bem-estar do editor do Esportividade, o jornalista Andrei Spinassé, que participaria da sua primeira maratona. Como não havia voos diretos, optamos por chegar cinco dias antes da corrida (é perfeitamente possível chegar até três dias antes) e com conexão na capital, Madri, com um tempo de espera relativamente alto, em torno de cinco horas (tanto na ida como na volta).
Com receio de extravio das bagagens, despachamos as malas, mas também carregamos dentro do avião uma menor, com o essencial para a sobrevivência, e os itens que seriam utilizados durante a prova: tênis, suplementos alimentares etc. No fim das contas, acabou se tornando excessivamente cansativo carregar três malas, além das nossas mochilas, pelo transporte público e a pé. Primeiro aprendizado que levamos para a Maratona Internacional de Praga de 2023 – duas malas pequenas, sem a necessidade de despacho, ganhando um tempo valiosíssimo para quem se prepara para 42,195 km.
Um dia antes da maratona, a organização do evento realizou uma corrida de curta distância, uma ação especial e gratuita. Participei, ao lado do Andrei, da Breakfast Run, percorrendo os últimos 4 km da maratona olímpica de 1992 – com chegada no estádio Olímpico de Montjuïc. Essa ambientação serviu também para conhecer um pouco mais a cidade e selecionar um restaurante (de massas) para a noite anterior à prova.
Um grande acerto em Barcelona foi a escolha da hospedagem, a menos de 2 km de término do circuito (acerto repetido na maratona do Rio de Janeiro). Foi de lá, apenas duas ruas abaixo do nosso #airbnb, próximo ao 41 km, que pude ver o Andrei correr. Tínhamos projetado o tempo total de prova e, a cada 10 km, recebia uma SMS informando que o editor havia passado por um dos tapetes de cronometragem. Ao receber a mensagem do 30 km, fui para a rua. Sem acesso à internet e de olho no relógio, passei a procurá-lo na multidão.
Já em Praga, apesar de ainda sem internet, conseguimos nos encontrar em quatro oportunidades diferentes durante a prova. O aumento do número de encontros foi essencial para sentir o rendimento do atleta e para ajudá-lo “dando aquela forcinha” ao soltar gritos de incentivo e palavras de afeto.
Ao término da Maratona de Barcelona, nos reencontramos no mesmo local onde eu estava. E foi lá mesmo que nos sentamos na calçada de um restaurante e conversamos sobre os erros e acertos daquela competição – enquanto apreciávamos a passagem dos demais atletas. E, é claro, sonhávamos com as provas seguintes e os desafios dos #maraturistas.
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