Prefeitura de São Paulo rescinde contrato de parceria e assume ciclofaixas de lazer

Ciclofaixa de lazer da avenida Paulista (Esportividade)

A Agência Coranda TV e Publicidade Eireli não é mais a responsável pela operação das ciclofaixas de lazer da cidade de São Paulo. A prefeitura rescindiu, de forma unilateral, o contrato com a empresa, que em agosto de 2022 se encarregou de montar, desmontar e operar os 114 km de faixas segregadas, aos domingos e aos feriados (das 7h às 16h), por seis meses. A decisão foi anunciada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo de 5 de novembro de 2022.

Os problemas com a Coranda ficaram mais evidentes em 12 de outubro de 2022, feriado em que não houve equipe de sinalização nas ruas. A partir daí, os “bandeirinhas” começaram a manifestar-se contra a empresa, que, segundo eles, lhes devia dinheiro. Esta dizia que se tratava de casos pontuais. A prefeitura notificou-a e deu prazo de dez dias úteis para que se explicasse. As explicações, porém, não foram suficientes para o governo municipal, que optou pela rescisão unilateral.

Um parecer da gestora do termo de cooperação diz que a prefeitura pode multar a empresa em R$ 109.464,25 por descumprimentos contratuais iniciados em 9 de outubro, quando nem todos os cones e cavaletes foram devidamente colocados.

Logo depois da rescisão da parceria, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito celebrou um termo de cooperação com a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, no valor R$ 1,35 milhão, para a “implementação de ações destinadas à viabilização da Ciclofaixa de Lazer da cidade de São Paulo”.

A Coranda investiria R$ 6,25 milhões para ativar 114 km das ciclofaixas por um período de seis meses. Esperava poder obter patrocínio para pagar a conta, mas não conseguiu apoio relevante.