PET volta a ser Ceret, e esporte ainda é protagonista do parque paulistano
Uma volta pelo Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do Trabalhador, um dos mais belos locais da zona leste de São Paulo, é o suficiente para que se entenda por que possui esse nome. Os 286 mil metros quadrados do Ceret são rodeados por prédios de alto padrão no distrito da Vila Formosa, e dentro do parque diversas modalidades têm seu espaço. Na nublada tarde de sábado passado, 26 de julho, principalmente três delas chamavam a atenção: corrida de rua, basquete e rugby.
Na semana passada foi anunciada a mudança de nome, de Parque Esportivo dos Trabalhadores (PET) para novamente Ceret. Até 2008, o uso do espaço, inaugurado em 25 de janeiro de 1975, era restrito a pessoas sindicalizadas ou que pagavam mensalidade. Há seis anos, o Governo do Estado de São Paulo permitiu que o município utilizasse a área, e o parque foi integralmente aberto à população como PET.
No sábado, logo que o visitante passava pelos arcos de entrada, via ali mesmo a entrega dos kits da segunda etapa do Circuito Popular de corrida de rua de 2014, marcada para o dia seguinte. Andando um pouco mais, observava o pórtico de largada e chegada da prova e o pódio.
Mais adiante, escutava a voz de um locutor amplificada por um alto-falante. Vinha do ginásio, onde ocorria a primeira etapa do Torneio SP de basquete 3×3. Após acompanhar alguns jogos, podia voltar ao ar livre e ver partidas amadoras de futevôlei e futebol enquanto esperava pelo começo de um clássico.
Um dos três campos é a casa do rugby na cidade de São Paulo, e, com o início de mais uma temporada do Super 10, o Campeonato Brasileiro masculino, o Ceret recebe jogos da modalidade quase todos os sábados. O confronto do sábado passado, válido pela segunda rodada da fase classificatória, era entre o campeão e o vice-campeão de 2013, Spac e Pasteur, equipes paulistanas.
Na ausência de arquibancada e com a grama molhada nos arredores do campo, os que quiseram assistir ao jogo o fizeram em sua maior parte em pé. Assim como já havia acontecido na Arena Barueri, em 19 de outubro de 2013, na decisão da temporada anterior, o Spac conseguiu virar no fim do segundo tempo e derrotou o Pasteur. Desavisados não podiam imaginar, porém, que se tratava de um jogo entre dois dos melhores times do Brasil: nem sequer havia placar visível. Para saber que o Spac havia vencido por 13 a 11 foi necessário acompanhar atentamente os acontecimentos ou perguntar o resultado a outros espectadores.
Ao fim da partida, cada equipe se reuniu em um canto do campo e, como é tradicional no rugby, fez seu ritual pós-jogo. O Spac se mantinha invicto na competição; o Pasteur ainda não havia vencido após dois jogos no belo Ceret.