Pacaembu pode ter seu ‘Masp’ no lugar do Tobogã após concessão a empresas
O projeto apresentado pela Prefeitura de São Paulo como o mais próximo do que ela entende ser o melhor para o estádio do Pacaembu prevê um “Masp” no lugar do Tobogã, mas não tem a ver com museu. O governo municipal tornou público o estudo, que contém ilustrações, sobre o que pode ser feito lá sem descaracterizar o Paulo Machado de Carvalho e com vantagens econômicas para o concessionário.
A prefeitura deixa claro desde o início que se trata de estudo referencial e que a empresa que vencer a licitação não terá a obrigação de segui-lo à risca. Já dá, porém, grandes indícios de como será o “novo Paca”.
O setor conhecido como Tobogã, construído onde havia uma concha acústica no estádio original, deve mesmo ser demolido. Na proposta apoiada pela prefeitura, daria lugar a um edifício com um vão livre, e é por isso que pode ser chamado de “Masp”. O “coração” do “novo Paca” seria lá.
Hoje em dia, abaixo do Tobogã, funcionam as instalações destinadas à imprensa e os vestiários dos atletas, por exemplo. No novo edifício, isso continuaria lá, e os jogadores iriam ao campo vistos por torcedores nos camarotes inferiores.
Nesse prédio haveria ainda centro gastronômico, serviço de hotelaria, espaço de coworking, camarotes superiores e até uma praça suspensa.
Essas mudanças fariam com que a capacidade do estádio, atualmente de cerca de 40 mil, caísse para 26.824 espectadores.
Nova fase começa hoje
Teve início nesta quinta-feira, 29 de março, a consulta pública. Até a metade de abril, qualquer cidadão pode acessar o site (clique aqui) da Secretaria de Desestatização e Parcerias, analisar os documentos e dar sugestões.
A publicação do edital de licitação está prevista para 24 de abril, e na metade de junho deverá ser conhecido o vencedor. Até o fim de julho um contrato de 35 anos poderá estar assinado com quem oferecer o maior valor de outorga à prefeitura paulistana e provar ter condições de ser o concessionário.
“O concessionário deverá promover uma série de melhorias, como a reforma dos sistemas elétrico, hidráulico, de telecomunicações”, diz a prefeitura.
Prossegue o governo municipal: “A construção de 500 m² de novos sanitários, a reforma de banheiros existentes, vestiários, lanchonetes, pista de atletismo e assentos das arquibancadas e a implantação de geradores com painel de transferência automática também estão previstas”.
O concessionário terá de manter as atividades gratuitas desenvolvidas lá pela Secretaria de Esportes e Lazer e reformar o centro poliesportivo. O Museu do Futebol continuará no mesmo lugar e não será mexido.
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