Organizadores propõem que corridas tenham menos de um terço dos atletas
A proposta atual dos organizadores de corridas de rua para a retomada das provas na cidade de São Paulo prevê que, em um primeiro momento, os eventos possam receber somente 30% dos corredores que receberiam antes da pandemia de covid-19; em um segundo, 60%. A prefeitura ainda não ratificou o protocolo sanitário do setor.
Isso quer dizer que uma corrida como a Run The Bridge, da Iguana Sports, cujo alvará de 2020 permitia uma lotação máxima de 3 mil pessoas, só poderia ocorrer com até 900 atletas.
A informação foi dada por Paulo Carelli, diretor da empresa e presidente da Abraceo, associação dos organizadores surgida após a deflagração da pandemia do novo coronavírus, durante o programa “Fôlego”, da Rádio Bandeirantes, no domingo passado, 11 de outubro.
A validação do protocolo sanitário proposto está prevista para 25 de outubro, quando 150 convidados participarão – usando máscara – de uma prova de cerca de 5 km no sambódromo do Anhembi, na zona norte, a ser acompanhada de perto por uma equipe da Covisa, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde municipal, para que, em seguida, um documento com as novas regras possa ser assinado pela prefeitura e por representantes do setor.
Negociar com o poder público isenção ou redução de taxas é o passo seguinte dos organizadores, já que esse baixo limite de atletas inviabiliza economicamente muitas das corridas da cidade.
Eventos como convenções, seminários, workshops, palestras e feiras, por exemplo, serão retomados na capital paulista com limite de 600 pessoas, mas autorização especial pode elevá-lo para 2 mil. É difícil, então, que uma corrida para mais de 2 mil atletas seja autorizada pela prefeitura durante a fase Verde do Plano São Paulo.