‘Organizadores’ da ‘Corrida da República’ dizem que evento ‘nunca existiu’
O episódio “Corrida da República” serve de alerta para os corredores amadores. Não é porque uma prova tem inscrições online abertas que realmente ela existe ou vai acontecer – ou está autorizada pelo poder público. Isso foi visto mais uma vez nesse caso.
Em setembro de 2019, atletas compartilharam com amigos em grupos de WhatsApp o link da “Corrida da República”, que seria realizada em 15 de novembro, feriado de Proclamação da República, em algumas cidades, e São Paulo seria uma delas – no parque da Independência, no Ipiranga.
Houve pessoas que, mesmo sem saberem quem era o organizador e se esse evento de fato existia, se inscreveram pelo corridadarepublica.com, que usava o PagSeguro como plataforma de pagamento.
Após algumas semanas, já em outubro, a “organização” publicou uma nota no site que dizia o seguinte: “Essa corrida nunca existiu; tratava-se de um estudo para verificar e propor diferentes estratégias de marketing para eventos de corrida de rua”.
“Do mesmo modo que foi feito em São Paulo, realizamos [o estudo] em mais sete Estados brasileiros. Infelizmente, apenas nesse o processo de inscrições foi aberto (equivocadamente), causando transtorno a todos que se inscreveram.”
Afirmam ainda: “Durante as inscrições, percebemos o erro, mas não o conseguimos solucionar devido a um problema de saúde do responsável pela criação do site, que se encontra hospitalizado; com ele estão todas as senhas de acesso”.
Eles dizem que conseguiram acessar o sistema em 21 de outubro, mas ainda não têm acesso à lista de inscritos. Quem havia efetuado a inscrição deve enviar e-mail para [email protected] com comprovante de pagamento, nome, CPF e dados bancários para devolução.
E grana que arrecadaram no mínimo deveriam devolver já que a especialidade é da chapéu…