No mesmo dia, seleções de países do cotidiano do paulistano saem da Copa
Dois dos países que mais estão presentes no dia a dia do paulistano, principalmente por seus imigrantes e sua culinária, Itália e Japão, foram eliminados da Copa do Mundo no mesmo dia: 24 de junho de 2014. Ambas as seleções foram derrotadas nesta terça-feira e não estarão nas oitavas de final. Apesar de os japoneses terem sido goleados pelos colombianos, os italianos sofreram mais com a eliminação, já que bastava um empate com os uruguaios para se classificarem.
Torcedores da seleção italiana reuniram-se no salão nobre do Circolo Italiano, clube sociocultural do Edifício Itália, no centro de São Paulo, para assistir ao jogo Itália x Uruguai. Havia apenas algumas dezenas deles, já que o horário da partida não era dos mais favoráveis – começou às 13h. As belas defesas de Buffon levantaram a torcida e davam a impressão de que nada poderia dar errado para os italianos.
A maré começou a mudar quando Claudio Marchisio foi expulso antes da metade do segundo tempo. O gol uruguaio, de autoria de Godín, tornou os quase 15 minutos seguintes – já somando os acréscimos – tensos para os torcedores da Itália, que criticaram o uruguaio Luis Suárez pelo polêmico lance da mordida em Giorgio Chiellini. A seleção italiana, porém, não conseguiu o empate, e ao fim do jogo rapidamente os torcedores foram embora.
Às 17h começou Japão x Colômbia. Os colombianos já estavam classificados para as oitavas de final; já os japoneses dependiam de uma vitória e de um resultado favorável de Grécia x Costa do Marfim para continuar no Mundial. O bairro da Liberdade era o oposto da Vila Madalena, que se tornou o principal ponto de encontro paulistano de brasileiros e estrangeiros nesta Copa: ruas calmas, trânsito tranquilo e pouca movimentação nas calçadas.
Na Liberdade, um bar que recebeu brasileiros e estrangeiros foi o pequeno Kintaro, comandado por uma família com tradição no sumô. Curiosamente, lá estavam jornalistas colombianos – bem como franceses. Faziam companhia para alguns japoneses, que comemoraram o gol de empate de Shinji Okazaki nos acréscimos do primeiro tempo, mas lamentaram os três seguintes sofridos pela seleção nipônica. O que mais chamava atenção, no entanto, não era o resultado do jogo: era a troca de experiências entre falantes de espanhol, francês, inglês, japonês e português.
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