Na The Music Night Run, músicas do CPM 22 ‘conversam’ com corredores
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“Não posso mais parar; é só correr [atrás]”, “Melhor correr enquanto há tempo para nós”, “Desejo sorte para todos nós (vamos vencer)”, “O tempo corre contra mim; sempre foi assim e sempre vai ser”. Essas parecem ser declarações de algum corredor, não parecem? Mas não o são: são trechos de letras de músicas do CPM 22. Ganharam novo significado na noite de sábado passado, 24 de fevereiro de 2018, quando a banda se apresentou após os 7 km da The Music Night Run.
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Havia um grande motivo para permanecer no Memorial da América Latina, em São Paulo, depois da linha de chegada. A banda paulista é daquelas que tocaram tanto em rádios de rock, principalmente no início dos anos 2000, que mesmo quem nunca comprou um CD dela sabe cantar seus hits.
Uma coisa é ouvi-los em um bar, por exemplo; outra é curtir o som após uma corrida. As canções mais motivacionais traduzem o sentimento do corredor, mesmo que não tenham sido escritas com esse propósito. Mas esta é uma das belezas da arte: o apreciador pode atribuir seu próprio significado à obra.
O baterista da banda, Ricardo, o Japinha, teve uma noite de sábado diferente: antes de assumir as baquetas, correu 5 km como guia do deficiente visual Darlei. “Que noite”, definiu o músico.
Também foi especial para os mais de 4,6 mil atletas que participaram da prova. Com subidas e descidas, o Minhocão (elevado João Goulart) não é tão simples de ser percorrido e foi o grande desafio dos corredores. Em um trecho, a iluminação pública deixou a desejar. Mulheres foram maioria na corrida: 56%.
A maior parte das pessoas correu pagando só R$ 31,80, porque a Estrela Dalva, a entidade realizadora, contou com a ajuda da Lei de Incentivo ao Esporte para bancar o projeto. Captou R$ 1.467.200, valor que deixará de ser pago pelos patrocinadores como Imposto de Renda.