Na Gonzaguinha, paulistano corre na marginal Tietê sem ‘medo’ de radar
“Não existe megabyte para uma vontade, e a gente nunca quer nada fácil”, canta Samuel Rosa, vocalista do Skank, no refrão de “Marginal Tietê”. Esse é bem o espírito da Corrida Sargento Gonzaguinha, uma das provas mais tradicionais de São Paulo. Além de ser uma das poucas com um percurso de 15 km, é a única da temporada em que os atletas correm na marginal Tietê. Nela, o paulistano não precisa se preocupar com radares lá.
O crescimento do esporte em São Paulo teve muito a ver com rio Tietê: os clubes ribeirinhos, com natação e remo, eram os protagonistas no começo do século XX. Até mesmo o futebol era jogado ali, na Chácara da Floresta, onde hoje em dia funciona o Centro Esportivo Tietê. Com a retificação e a poluição do rio, porém, o esporte foi, aos poucos, deixando a marginal.
A Sargento Gonzaguinha dá chance de, pelo menos uma vez por ano, a marginal Tietê ser de novo o cenário de um evento esportivo. E isso só é possível pela tradição da corrida (51ª edição) e pelo fato de a Polícia Militar apoiá-lo.
Depois da largada na avenida Cruzeiro do Sul, os atletas descem a alça do sentido Lapa, vão à pista local e só saem dela quando acessam a avenida Olavo Fontoura. Eles voltam à marginal no sentido oposto, após alguns quilômetros, e deixam-na depois de passarem em frente ao estádio do Canindé. A chegada é feita na pista de corrida da Escola de Educação Física da PM, na Cruzeiro do Sul.
Nesses 15 km, os participantes lidam com sensações relacionadas à cidade de São Paulo: da grandeza do complexo do Anhembi, na zona norte, ao mau cheiro do lixo na região da antiga “favela do Gato”, no Bom Retiro, na região central. Esse nada mais é do que um retrato da capital paulista há décadas.
A vontade de completar a prova – mesmo não sendo nada fácil – foi o que moveu os atletas no dia 10 de dezembro de 2017, cuja manhã foi cinzenta e, em seguida, ensolarada. No dia anterior, sábado, as crianças haviam tido uma corrida só para elas.
A Avatar, empresa organizadora, colocou à disposição mais pontos de hidratação que o normal, o que, obviamente, foi positivo. E pequenos gestos, como alguém pôr a medalha em você depois da corrida e não simplesmente “jogá-la”, fizeram a diferença. A Sargento Gonzaguinha mostrou por que continua a ser necessária.
É preciso dizer ainda que os aletas puderam usar o metrô (estação Armênia) e que também fez parte do evento uma prova de 5 km.
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Com relação a premiação da faixa etária e volta da premiação dos Acd tb foi top …corro ela desde 2009 …e só vinham tirando os agrados…eu como atleta Achilles def.auditiva fiquei feliz com as mudanças na prova…se permanecer assim espero continuar por muitos outros anos