Mulheres batem recorde na São Silvestre-2016; falta água na corrida
Pela primeira vez na história, a participação feminina na São Silvestre deixou os “vinte e poucos por cento” para trás. Chegaram ao fim da 92ª edição da prova, em 31 de dezembro de 2016, em São Paulo, 23.506 atletas, e 7.241 deles eram mulheres, ou seja, 30,8%. Em 2015, corresponderam a 28,55% dos atletas que foram até o fim dos 15 km (6.645 dos 23.268). Elas representavam 11,49% em 2004; já em 2014, 25,63%.
Você em ação: encontre e baixe sua foto
Clique aqui para ver sua foto na São Silvestre-2016 (92ª); você pode também achar as de seus amigos que correram!
Se o ritmo de crescimento for mantido, em 2024, ano da centésima edição, ou em 2025 as mulheres vão ser maioria na mais tradicional corrida do Brasil.
Faltou água
Mulheres e homens do pelotão traseiro da São Silvestre-2016 tiveram de enfrentar falta de água. A jornalista Renata Falzoni escreveu em seu site BikeÉLegal.com: “Quem correu no terceiro terço do pelotão – incluindo-se aí 10 mil inscritos pagantes – para beber água teve que fazer fila em bares e postos de gasolina, e muitos deles não conseguiram nem comprar, pois a água acabou geral”.
Procurada pelo guia Esportividade, a assessoria de imprensa da Yescom, empresa que cuida da organização da São Silvestre, deu a seguinte resposta:
Foram disponibilizados 540.000 copos de água nos postos de apoio, o que em média são quase 18 copos por pessoa oficialmente inscrita, um número muito além da norma desportiva.
Por outro lado, o número de “atletas pipocas” representou 35% do número de atletas inscritos oficialmente no evento, número este jamais visto na prova, o que interferiu pontualmente nos serviços essenciais como água e representou desrespeito aos atletas inscritos, atrapalhando o bom andamento do evento.
Repudiamos essa postura antiética e desleal e lamentamos o fato.
Mesmo diante desse fato, os horários de atendimento de cada posto foram proporcionais ao previsto no andamento e “pace chart” do evento.
O atleta “pipoca” prejudica o atleta oficialmente inscrito, interfere na distribuição de água e serviços essenciais e sempre se protege por trás da famosa frase que “a via é pública”; se todo serviço disponível tiver que ser previsto para os “pipocas” também, jamais haverá regras, limites e ordem.
Verificamos por imagens de assessorias esportivas com grupos com mais de 40 pessoas, todas correndo sem número e declaradamente correndo sem inscrição e estimulando a pratica do corredor “pipoca”.
As inscrições para a 92ª edição da São Silvestre sofreram reajuste de R$ 15 de um ano para o outro e passaram a custar R$ 160. Isso representou um aumento de 10,34% – a inflação de 2015 foi de 10,67%. Havia, segundo a Yescom, 30 mil vagas disponíveis.
Não foi a primeira falta de água em evento da Yescom:
Maratona de SP: falta água, e atletas passam por apuros; ‘heróis’ os salvam
Agua não faltou! O que faltou foi competência da yescom!
Dá uma olhada nessas fotos depois da SS:
https://m.facebook.com/groups/126686910740530?view=permalink&id=1199787256763818