Mogi e Paulistano reformulam elenco e obtêm resultado inédito no NBB
Paulistano/Unimed e Mogi das Cruzes/Helbor estão nas semifinais do NBB, o principal campeonato masculino adulto do basquete brasileiro. As equipes têm mais em comum do que o fato de serem da região metropolitana de São Paulo: elas chegaram a essa fase da competição pela primeira vez após reformulação de elenco de uma temporada para outra.
O melhor que o Paulistano havia conquistado nas cinco edições anteriores do NBB era uma classificação para as quartas de final na temporada 2012/2013 sobre o Basquete Cearense. Em seguida, enfrentou o Flamengo, que se tornaria campeão, e levou um 3 a 0 na série.
O Mogi das Cruzes nem sequer tinha chegado aos playoffs anteriormente. Na temporada 2012/2013, foi o 14º colocado na fase de classificação. A posição na primeira fase do torneio atual não mudou tanto, 12ª, mas foi o suficiente para o time mogiano passar para as oitavas de final, para as quartas de final e agora para as semifinais.
Contratações acertadas
Paulistano e Mogi das Cruzes promoveram enormes reformulações em seus elencos para esta temporada 2013/2014. Deram certo. A equipe da capital, dirigida por Gustavo de Conti, contratou uma dupla norte-americana que atuava na Liga Sorocabana, o ala Desmond Holloway e o armador Kenny Dawkins, bem como jogadores como o ala/pivô Pilar, ex-Bauru, o ala/pivô César, ex-Tijuca, e o pivô Mineiro, ex-Minas. Tal equipe rendeu muito bem desde o começo: eliminou o rival Pinheiros e foi à final do Campeonato Paulista de 2013; mas, nas partidas decisivas, foi derrotada pelo Bauru.
O time da zona oeste paulistana classificou-se diretamente às quartas de final do NBB 6 por ter sido a vice-líder da primeira fase (com 23 vitórias e nove derrotas), cujo primeiro colocado foi o Flamengo, próximo adversário do Mogi. Enfrentou o Franca, e garantiu a classificação às semifinais no quinto e último jogo (86 a 77). Agora tem pela frente o São José, que fez 3 a 0 na série contra o forte Brasília. O Paulistano tem novamente a vantagem de, se necessitar, mandar a quinta partida no Antônio Prado Júnior.
O projeto de basquete profissional em Mogi das Cruzes foi retomado em 2011 após sete anos de hiato. A Prefeitura de Mogi das Cruzes e o Grêmio Mogiano foram os responsáveis pela volta. Por meio da SuperCopa Brasil em 2012, os mogianos se classificaram para o NBB e ainda levaram o título do campeonato após vitória contra o Palmeiras.
O Mogi, comandando pelo espanhol Paco García, também reformulou seu elenco para esta temporada, mas não tanto quanto o Paulistano. O armador Gustavinho e o ala Filipin foram mantidos, por exemplo. Chegaram o também armador Jason Smith (irmão de Joe, do Pinheiros), o pivô Daniel Alemão, ex-Limeira, o ala/pivô Toledo, o ala Ted B. Simões e o pivô Sidão – este no meio da temporada, para o lugar de Rafael Bábby, que foi para o Pinheiros.
A torcida de Mogi tem enchido o ginásio Professor Hugo Ramos nos playoffs do NBB. Já foi assim em quatro partidas: duas contra o Pinheiros e duas contra o Limeira. O Mogi das Cruzes venceu as quatro. Tornou-se a primeira equipe a se classificar em 12º na fase inicial e ir às semifinais do NBB. A classificação veio de virada, no interior paulista, no último quarto do último jogo.
O patrocinador principal mogiano, a Helbor, já confirmou a renovação de patrocínio por mais duas temporadas, o que é uma grande notícia para uma apaixonada torcida.
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