Hospital de campanha do Ibirapuera é desativado; estado de pista é crítico

Hospital de campanha montado no estádio Ícaro de Castro Mello (Govesp)

Serão encerradas neste fim de setembro de 2020 as atividades do hospital de campanha do Ibirapuera, montado pelo governo estadual no estádio Ícaro de Castro Mello, no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, na zona sul de São Paulo.

Aberto em 1º de maio para ampliar leitos disponíveis para pacientes com covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), atendeu 3.189 pessoas nesse período, e 725 delas tiveram de ser transferidas para hospitais permanentes. Receberam alta lá mesmo 2.431.

Calombo na pista em junho de 2019 (Esportividade)

Mas, com essa desativação, não há grandes mudanças quanto ao uso da pista de atletismo, que já se encontrava em péssimas condições e não podia mais ser utilizada para quaisquer competições oficiais. A situação agravou-se com a montagem do hospital de campanha, e não há perspectiva de ser reformada pelo poder público.

O governo estadual tem, desde junho de 2019, autorização da Assembleia Legislativa para dar continuidade ao processo de concessão do complexo, do qual faz parte o histórico ginásio do Ibirapuera, à iniciativa privada, pelo período de 35 anos, com investimento mínimo de R$ 220 milhões para obras de modernização do espaço. O estádio de atletismo pode dar lugar a uma “arena multiúso” mais destinada a shows que ao esporte.

Uma audiência pública sobre a concessão ocorreu na segunda-feira (21) e foi acompanhada por Fernando Luiz Alterio, presidente da Time For Fun (T4F), grande promotora de eventos de entretenimento.

“Com as obras e o investimento do novo concessionário, teremos mais eventos e, portanto, mais geração de emprego e renda, além de condições estruturais adequadas, remodelando o complexo construído na década de 1950”, disse o secretário estadual de Esportes, Aildo Ferreira.