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Corrida de rua 11/02/2016

‘Histórias de atletas de shopping’: veja o resultado do concurso cultural

Por Esportividade
SP Run (SportsFuse)

SP Run (SportsFuse)

Cento e trinta e quatro pessoas participaram do concurso cultural do Esportividade encerrado às 23h59 de quarta-feira, 10 de fevereiro. Muitas histórias superinteressantes sobre experiências dos leitores como “atletas” dentro de shopping centers foram contadas.

A equipe do guia esportivo escolheu quatro delas, e Felipe Ferreira Leite, Marcos Marcelo Marques, Marcos S Toledo e Maria José Ferreira Alves ganharam uma inscrição cada um para a SP Run, “corrida de shopping” a ser disputada no SP Market, na zona sul de São Paulo, em 28 de fevereiro.

 histórias campeãs*:

* Como agradecimento aos leitores, o site Esportividade conseguiu com a SportsFuse, organizadora do evento, mais uma inscrição: em vez dos três vencedores originalmente previstos, foram quatro os ganhadores

Felipe Ferreira Leite:

Às vezes parece cômico, hoje me lembro e dou risada da correria que foi, mas a importância do momento é eterna.

Moro em Guarulhos e, no mês de abril do ano passado, fui até o Internacional Shopping Guarulhos para comprar um presente para a minha noiva, que faria aniversário no dia 13 de abril.

Pesquisei em varias lojas até encontrar o vestido que ela queria. No momento em que eu estava conversando com a vendedora, uma mulher ao meu lado começou a se queixar de várias dores; quando olhei para o lado a mulher estava GRÁVIDA e tinha uma barriga consideravelmente grande.

Ela começou a reclamar muito. Em questão de 5 minutos, enquanto ligavam para o esposo dela, a bolsa estourou. Naquela loucura eu disse para a mãe dela, que a acompanhava, que pediria ajuda aos seguranças. Saí correndo pelo shopping procurando um, informei o acontecido, mas ele me disse que eu teria que ir até o posto de enfermagem para relatar o que aconteceu e autorizarem a entrada da ambulância nas dependências do shopping.

Sai correndo igual um louco pelo shopping perguntando onde ficava o posto de enfermagem. Outro segurança me disse que ficava no piso térreo do lado oposto. ‘Bora’ baixar o pace no 1 km (rsrs).

Cheguei lá suado e informei sobre a mulher que estava em trabalho de parto e, em 15 minutos, a ambulância chegou e a levou para o hospital.

Ouvir um obrigado daquela moça e da sua mãe valeu a pena e me fez pensar, depois de toda essa loucura: ‘Vai que esse menino no futuro vire um corredor, porque para ele nascer foi uma correria’.

Marcos Marcelo Marques:

Quem nunca se programou para pegar aquele bom cinema no shopping e fez tudo para que isso funcionasse de maneira tranquila? 

Pois bem, foi isso que fiz com minha família para assistir a um filme de animação, mas o que aconteceu na realidade foi que chegamos quase na hora em que a sessão iria começar. Não tive dúvidas. Coloquei minha filha nas costas e não só atravessei os corredores do shopping center como uma verdadeira prova de 5 km, mas com os 21 kg da minha filha como adicional.

Ao chegar à fila para comprar os ingressos, percebemos que havíamos esquecido o cartão que daria desconto nas entradas. Minha esposa disse que comprasse assim mesmo, mas, como um bom corredor e disposto a mostrar todo meu treinamento e resistência, eu disse que iria ao carro buscar o cartão esquecido e que daria tempo de comprar as entradas com o desconto.

Pois bem, começou novamente o meu “virtual treino de tiro” para chegar até o carro, pegar o cartão e voltar a tempo antes da sessão começar. Nós não só chegamos a tempo para comprar os ingressos e assistir à sessão de cinema como até tivemos um minuto de antecedência, pois ao sentar na poltrona as luzes se apagaram e o filme teria início.

Foi devido aos meus treinos e corridas que nós conseguimos chegar a tempo para não perder o início do filme; então se pode dizer que a distância entre o estacionamento do carro e o cinema foi a minha de corrida e, naquele dia, fiquei em primeiro lugar!

Marcos S Toledo:

Há uns anos fiquei responsável por comprar o presente de aniversário de um amiguinho do meu filho e obviamente o esqueci. Como a festa seria em uma área de diversões dentro de um shopping, fiquei tranquilo: era só ir à loja e comprar.

No dia disse que esqueci o presente no porta-malas e falei para minha esposa ir que eu já os alcançava. Corrida 1: pego o elevador, e a saída é justamente em frente à área do aniversário, e quem estava na porta? Minha esposa, meu filho e a mãe do aniversariante; e, quando os vi, não tinha como voltar para o elevador; sai correndo e abaixado para que não me vissem.

Corrida 2: vou até a loja de brinquedo, que estava fechada por problemas elétricos. Não havia outra loja no shopping com o presente que eu “tinha” comprado. Mas sei de uma loja de brinquedo em um outro shopping próximo. Duvida: ‘Vou de carro ou a pé?’. Uma corridinha não vai fazer mal: vou para a saída e está chovendo! Estou atrasado, vou assim mesmo.

Corrida 3: vou correndo na rua e no meio dos carros até o outro shopping. A loja de brinquedos fica no último andar. Era um sábado à tarde, e a escada rolante estava lotada. Vou correndo pelas escadas fixas. Chego à loja e lá havia o brinquedo, que compro.

Corrida 4: volto correndo pela rua e a chuva continua. Chego ao aniversário molhado/suado e respirando fundo, a mãe do aniversariante pergunta por que estou molhado. Eu respondi que o carro estava parado lá no estacionamento descoberto, e minha esposa desconfia, pois estava no coberto. Resumindo: o aniversariante adorou o presente!

Maria José Ferreira Alves:

Estava na praça de alimentação do shopping Santa Cruz com minha mãe, minha filha pequena e meu pai. Na época, minha filha tinha três anos, e a deixamos com meu pai e fomos pedir comida. Foi quando, na fila, uma pessoa que estava atrás disse: ‘Nossa! Uma menininha está correndo sozinha para a escada rolante’.

Sabe, naquela hora eu senti que era minha pequena Sofia. Saí como louca da fila correndo para chegar à escada rolante. Pense na cena de eu correndo por entre as mesas e pessoas. Confesso que não pensei em mais nada: só em chegar à escada. Consegui chegar a tempo, antes de ela pôr o pezinho na escada. Ah, esqueci de dizer que sou uma pessoa com deficiência visual.

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