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Vôlei 13/03/2014

Giovane tenta montar time de vôlei coerente com realidade, com jovens

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Giovane, na época treinador do Sesi, e Murilo (Alexandre Arruda/CBV)

Giovane, na época treinador do Sesi, e Murilo (Alexandre Arruda/CBV)

Já faz quase um ano que Giovane Gávio deixou o comando do Sesi-SP, com o qual foi campeão da Superliga masculina de vôlei 2010/2011. Desde então, o bicampeão olímpico como jogador (1992 e 2004) tenta montar um time para disputar a principal competição nacional da modalidade. Agora está de novo perto de saber se terá condições de inscrever a equipe na próxima temporada. O ex-atleta deixou claro nesta semana, em entrevista ao Esportividade, que a intenção é trabalhar com jovens jogadores, tirando proveito dos talentos que muitas vezes acabam não sendo titulares nos principais clubes.

Mas Giovane vê um mercado difícil neste ano de Copa do Mundo de futebol. “Depois que saí do Sesi, já bati na porta de mais de 50 empresas”, disse. “Já visitei vários clubes daqui de São Paulo, quatro ou cinco prefeituras do interior. Todos querem, mas não têm dinheiro. O grande desafio é encontrar um patrocinador que pague 70% do orçamento.”

A proposta teve de se adequar ao cenário atual. “Fiz um projeto menos caro, porque a realidade é essa. Não dá para montarmos um time para competir com Sesi e Sada Cruzeiro. Quero fazer uma equipe para disputar a Superliga com talentos, com jovens que tenham condições de se tornarem grandes jogadores em um curto espaço de tempo”, contou. “A grande decisão está por acontecer nos próximos dias, uma reunião que vai traçar o destino: ou vai ou racha.” Se sair do papel, será um time masculino baseado nos Estados de São Paulo ou Rio de Janeiro.

Giovane, que ainda não sabe se será treinador ou apenas gestor da nova equipe, observa muito talento no mercado. “No momento, há pouco dinheiro no mercado e uma safra de jogadores muito boa. O Brasil foi campeão mundial sub-23 em outubro de 2013. A geração é muito talentosa. Alguns desses jogadores estão no banco de reservas de alguns times, são poucos os titulares. Esses são meu grande objetivo. Temos chance de montar um time que trará muita diversão ainda”, afirmou. O ponteiro Lucarelli, de 22 anos, campeão sub-23 com o Brasil e titular do Sesi-SP, é apontado por Giovane como o grande nome dessa safra; em 2013, também foi titular da seleção brasileira principal.

A fase do vôlei dentro das quadras continua boa, mas fora delas nem tanto. O atual campeão da Superliga masculina, o RJX, perdeu patrocínio da petrolífera OGX, fundada por Eike Batista, e grandes nomes do elenco, como Bruninho e Leandro Vissotto, ficaram com salários atrasados. Consequentemente, eles decidiram sair do time. Este foi eliminado nas quartas de final recentemente.

Além das dificuldades com patrocinadores, o vôlei brasileiro passa por uma fase de apuração de denúncias. O jornalista Lúcio de Castro, do canal por assinatura ESPN Brasil, revelou a existência de uma empresa que recebe comissão da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) em cima de um contrato de patrocínio negociado diretamente entre a entidade e o Banco do Brasil. A entidade afirmou, em comunicado, que decidiu contratar auditoria externa, de reputação reconhecida, para avaliar contratos de terceirização de serviços assinados na gestão anterior. “A auditoria, que complementará processo de revisão interna já iniciado pela instituição, incluirá a apuração de denúncias publicadas pela imprensa sobre supostas irregularidades em alguns desses contratos”, dizia a nota. Segundo outra reportagem de Lúcio de Castro, o mesmo patrocínio, que não prevê porcentagem a nenhuma empresa por não ter intermediários na negociação, rendia comissão também para uma segunda firma. “Um repasse de vinte milhões de reais da CBV [no total para as duas empresas] a título de ‘venda de patrocínio’ realizado após a venda direta do patrocínio entre o BB e a CBV”, resumiu o texto publicado pela ESPN Brasil. As acusações envolvem principalmente Fábio Azevedo, homem de confiança de Ary Graça, hoje em dia presidente da Federação Internacional de Vôlei e ex-presidente da CBV, e Marcos Pina, ex-superintendente da CBV.

Golfe

Giovane joga golfe no São Paulo Golf Club (João Pires)

Giovane joga golfe no São Paulo Golf Club (João Pires)

Giovane competiu nesta quarta-feira (12) no Pro-Am do Brasil Champions no São Paulo Golf Club, em Santo Amaro, zona sul paulistana. Foi um torneio de confraternização entre equipes formadas por um profissional e três amadores cada uma. O bicampeão olímpico do vôlei contou como surgiu o interesse pelo golfe:Comecei a jogar dois anos atrás. Fui passar o Réveillon com amigos, que me levaram para o campo e quiseram que eu jogasse. A partir daí, pensei que não poderia jogar mal, precisaria tentar melhorar, pelo menos ficar bem inserido no grupo. Jogo uma vez por semana e até gostaria de praticar mais, mas não é possível. Especialmente nesse último ano, em que não atuei como técnico, foi mais fácil e joguei mais. Foi o suficiente para eu me apaixonar mais ainda pelo golfe”.

Ele conta já ter jogado na Escócia, aonde foi especialmente para isso, e nos Estados Unidos. No país europeu, conseguiu uma licença e jogou em um campo que não é aberto ao público. “Lá há castelos que colocam você em uma dimensão bem diferente”, declarou.

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Comentários


  • Benedita Campos disse:

    Boa sorte Giovani-estou na torcida por vc nesse projeto de novas equipes de volei!!!

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