FPA propõe corrida sem máscara para quem tiver feito testes antes de evento
A Federação Paulista de Atletismo apresentou no fim de semana um protocolo sanitário elaborado pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte que contou com a participação de representantes da entidade. Pela primeira vez, foi feita uma proposta detalhada sobre o uso de máscara quando da retomada das corridas, o que ainda não aconteceu em São Paulo. O documento propõe regras para os atletas correrem sem o equipamento de proteção individual contra a covid-19.
Não há conversa: com exceção da prova em si, a utilização da máscara será obrigatória para todos os corredores e funcionários do evento.
“Para os competidores que apresentarem à organização do evento testes de RT-PCR e IgM para covid-19 realizados até 72 horas antes do evento, sendo ambos negativos, será autorizada a retirada da máscara após a largada, podendo competir sem esse acessório, voltando a colocar nova máscara depois de encerrarem o percurso”, diz o protocolo sanitário.
Os que tiverem RT-PCR positivo, mas que tiverem contraído o novo coronavírus há mais de 14 dias, terão de apresentar atestado médico informando [a organização] sobre essa situação e liberando o atleta a participar do evento. “Nesse caso, o corredor poderá retirar a máscara após a largada, voltando a colocá-la após a prova”, afirma. Isso também vale para os que já estiverem curados da covid-19, mas sem precisarem apresentar testes.
A utilização de máscara durante a prova será obrigatória para quem não tiver apresentado os resultados de testes ou os atestados médicos mencionados. Nesse caso, deve ser realizada a troca da máscara toda vez que estiver muito úmida, descartando as já utilizadas em lixeiras disponibilizadas e identificadas pela organização do evento.
A FPA deixa claro que, sempre que houver legislação obrigando o uso de máscara em ambiente público, a possibilidade de retirada dela durante a corrida apenas poderá ocorrer “na vigência de uma autorização especial, emanada pelo poder público competente” — ou seja, tudo o que foi dito aqui depende de autorizações das secretarias de saúde do poder público.
Outro ponto que chama atenção no protocolo é a manutenção de distância de dois metros entre os participantes, inclusive durante a prova, que precisará ser planejada pela organização considerando-a desde antes da largada.
Alto custo
No Hospital Israelita Albert Einstein, um dos principais do Brasil, o exame RT-PCR tem o valor de R$ 350 e o resultado é liberado em três dias úteis.
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