Fórmula E deve reativar circuito do Anhembi para fazer corrida em 2018
O circuito do Anhembi, na zona norte de São Paulo, deverá ser reativado em março de 2018, mês da primeira corrida da Fórmula E no Brasil. Se o evento for realmente acontecer, no dia 17 de março, sábado, os pilotos da inovadora categoria de monopostos elétricos vão fazer como fizeram os da Indy de 2010 a 2013 e guiarão seus carros por ruas da capital paulista, mas a passagem deles pela marginal do Tietê é incerta, pois uma versão reduzida da pista será utilizada. A prova foi anunciada oficialmente nesta segunda-feira, 19 de junho, embora ainda precise de confirmação final. Ela está no calendário 2017/2018.
O piloto brasileiro Lucas di Grassi, paulistano e desde a primeira temporada um candidato ao título da F-E (está na 3ª), é um dos embaixadores do eP (e-Prix) de São Paulo.
A Fórmula E chama atenção das montadoras, como Audi, DS (Citroën), Jaguar e Renault, e, por enquanto, há necessidade de troca de carros no meio das corridas por causa da duração da energia armazenada em cada bateria, ainda insuficiente para uma prova inteira.
Em 2 de março de 2017, o Esportividade publicou uma reportagem que dizia ser possível com a Fórmula E o retorno do circuito do Anhembi. Leia os três primeiros parágrafos do texto:
Nesta mesma época, mas há sete anos, um evento esportivo em São Paulo gerava muita expectativa: a São Paulo Indy 300. Depois de muitas incertezas sobre a etapa brasileira da categoria norte-americana, a Prefeitura de São Paulo, então liderada por Gilberto Kassab, acolheu a prova em parceria com a TV Bandeirantes. Foi quando surgiu a ideia do circuito do Anhembi, na zona norte. “Aposentado” ao fim da corrida de 2013, é ainda apontado como um provável candidato a um dia sediar uma corrida da Fórmula E, de carros elétricos.
Apesar do cenário não muito belo, da chuva – que levou a etapa de 2011 a ser terminada na segunda-feira – e da interdição da pista local da marginal do Tietê – que, obviamente, não é positiva para a fluidez do trânsito –, é possível dizer que a história do circuito do Anhembi é bem-sucedida. As arquibancadas permanentes do sambódromo, o amplo pavilhão de exposições para equipes, as enormes salas para a imprensa, a facilidade de acesso, o favorecimento da pista às ultrapassagens… Tudo isso fez o circuito destacar-se, mas não foi o suficiente para manter o evento no calendário.
Um dos pilotos brasileiros de maior destaque internacional atualmente, Lucas di Grassi, disse ao site Grande Prêmio ser possível a realização de uma etapa da F-E no Anhembi, em um circuito mais curto, mas ressaltou que gostaria que a corrida acontecesse em um lugar mais arborizado, como a região do parque do Ibirapuera, embora admita ser mais difícil a montagem de um circuito lá.