Filas geram críticas ao São Paulo e-Prix de 2023, 1ª prova da Fórmula E no Brasil
A primeira passagem da Fórmula E pelo Brasil, ocorrida nos dias 24 e 25 de março de 2023, gerou mais reclamações do que elogios ao fim do evento. Embora a corrida de monopostos elétricos tenha atendido às expectativas, uma vez que até a última curva não se sabia quem seria o vencedor (o neozelandês Mitch Evans acabou por conquistar a vitória), os espectadores ficaram decepcionados, pois houve dificuldade para comprar comidas e bebidas. O calor e a falta de sombra em grande parte das arquibancadas tornaram mais árdua ainda a tarefa de acompanhar o São Paulo e-Prix.
Mesmo com setores com ocupação apenas parcial, a quantidade de pontos de alimentação no sambódromo do Anhembi foi claramente insuficiente, e registaram-se grandes filas. Houve relatos de pessoas que compraram créditos e, mesmo assim, não conseguiram obter o alimento. Apesar da oferta gratuita de água – patrocinada pela Allianz –, também não era rápido reabastecer o copo. A certa altura, espectadores tiveram de fazer uma escolha: permanecer na fila ou assistir à corrida. Não se podia entrar no São Paulo e-Prix com comidas ou bebidas.
Quanto ao clima nas arquibancadas, era diferente do das quatro edições da São Paulo Indy 300, de 2010 a 2013. Enquanto no evento da Indy havia conhecimento sobre parte do grid e identificação com os vários pilotos brasileiros (até Rubens Barrichello participou da prova em 2012), esse não foi o caso no São Paulo e-Prix de 2023: ao serem entrevistadas pelas duas repórteres do evento, as pessoas tinham dúvidas sobre os nomes e, quando muito, mencionavam os brasileiros (Lucas di Grassi e Sérgio Sette Câmara).
Os espectadores davam a impressão de estarem lá mais pela curiosidade de, pela primeira vez, assistir a uma corrida de carros elétricos que por torcer por um ou outro piloto. E os dois brasileiros não ajudaram: em nenhum momento do sábado, único dia com público, tiveram bom desempenho.
Apesar de uma ondulação significativa na avenida Olavo Fontoura, o novo circuito do Anhembi, de 2,933 km, foi bem avaliado. A maioria do público só conseguia enxergar a reta do sambódromo; por isso, a organização do evento montou telões para que fosse possível acompanhar os outros trechos. A pista local da marginal do rio Tietê, na altura do Anhembi, foi interditada para o acesso dos presentes, o que provocou nas demais mais congestionamento que o habitual para um sábado. Para retornarem à praça Campo de Bagatelle para pegarem um “Uber”, por exemplo, os espectadores caminharam, pelo menos, 1,5 km.
Concordo com tudo e adiciono o absurdo de ter que pagar por um cartão pré-pago, que foi impossível de usar o saldo total, pois com 2h de fila eu fui dos que desistiu de comer e ao final do evento, nem bebida tinha mais. Aí, pra receber o REEMBOLSO do valor pago no cartão pre-pago está sendo cobrada uma taxa abusiva de 10 reais por transação. Eu já fiz e aconselho a todos a efetuarem uma reclamação no PROCON, pra que a organizadora SPTuris se responsabilize pela empresa que contratou.