São Paulo - região metropolitana
Automobilismo 28/03/2023

Filas geram críticas ao São Paulo e-Prix de 2023, 1ª prova da Fórmula E no Brasil

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade

Vista de arquibancada do sambódromo do Anhembi durante corrida da Fórmula E (Esportividade)

A primeira passagem da Fórmula E pelo Brasil, ocorrida nos dias 24 e 25 de março de 2023, gerou mais reclamações do que elogios ao fim do evento. Embora a corrida de monopostos elétricos tenha atendido às expectativas, uma vez que até a última curva não se sabia quem seria o vencedor (o neozelandês Mitch Evans acabou por conquistar a vitória), os espectadores ficaram decepcionados, pois houve dificuldade para comprar comidas e bebidas. O calor e a falta de sombra em grande parte das arquibancadas tornaram mais árdua ainda a tarefa de acompanhar o São Paulo e-Prix.

Mesmo com setores com ocupação apenas parcial, a quantidade de pontos de alimentação no sambódromo do Anhembi foi claramente insuficiente, e registaram-se grandes filas. Houve relatos de pessoas que compraram créditos e, mesmo assim, não conseguiram obter o alimento. Apesar da oferta gratuita de água – patrocinada pela Allianz –, também não era rápido reabastecer o copo. A certa altura, espectadores tiveram de fazer uma escolha: permanecer na fila ou assistir à corrida. Não se podia entrar no São Paulo e-Prix com comidas ou bebidas.

Grid de largada formado no circuito do Anhembi (Esportividade)

Quanto ao clima nas arquibancadas, era diferente do das quatro edições da São Paulo Indy 300, de 2010 a 2013. Enquanto no evento da Indy havia conhecimento sobre parte do grid e identificação com os vários pilotos brasileiros (até Rubens Barrichello participou da prova em 2012), esse não foi o caso no São Paulo e-Prix de 2023: ao serem entrevistadas pelas duas repórteres do evento, as pessoas tinham dúvidas sobre os nomes e, quando muito, mencionavam os brasileiros (Lucas di Grassi e Sérgio Sette Câmara).

Arquibancada J propiciou vista da chicane da Olavo Fontoura (Esportividade)

Os espectadores davam a impressão de estarem lá mais pela curiosidade de, pela primeira vez, assistir a uma corrida de carros elétricos que por torcer por um ou outro piloto. E os dois brasileiros não ajudaram: em nenhum momento do sábado, único dia com público, tiveram bom desempenho.

Apesar de uma ondulação significativa na avenida Olavo Fontoura, o novo circuito do Anhembi, de 2,933 km, foi bem avaliado. A maioria do público só conseguia enxergar a reta do sambódromo; por isso, a organização do evento montou telões para que fosse possível acompanhar os outros trechos. A pista local da marginal do rio Tietê, na altura do Anhembi, foi interditada para o acesso dos presentes, o que provocou nas demais mais congestionamento que o habitual para um sábado. Para retornarem à praça Campo de Bagatelle para pegarem um “Uber”, por exemplo, os espectadores caminharam, pelo menos, 1,5 km.

Comentários


  • Eduardo Aguiar disse:

    Concordo com tudo e adiciono o absurdo de ter que pagar por um cartão pré-pago, que foi impossível de usar o saldo total, pois com 2h de fila eu fui dos que desistiu de comer e ao final do evento, nem bebida tinha mais. Aí, pra receber o REEMBOLSO do valor pago no cartão pre-pago está sendo cobrada uma taxa abusiva de 10 reais por transação. Eu já fiz e aconselho a todos a efetuarem uma reclamação no PROCON, pra que a organizadora SPTuris se responsabilize pela empresa que contratou.

  • JOSE HERMANO FERNANDES HENRIQUES disse:

    Boa Noite!
    Perfeita esta matéria. Estive lá e a questão da alimentação estava um absurdo. Tem que ter mais pontos e descentralizados. As bebidas estava razoável os pontos.
    Tem que reforçar muito esta questão para 2024, para termos um evento melhor.

  • Deixe seu comentário


    Enviando esse comentário estou ciente da política de privacidade deste SITE JORNALÍSTICO.