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Vôlei 07/08/2014

Fãs podem ter única chance desta temporada de ver de perto Jaqueline

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Jaqueline vibra com colegas de seleção (FIVB/Divulgação)

Jaqueline vibra com colegas de seleção (FIVB/Divulgação)

Os torcedores que forem ao ginásio do Ibirapuera nesta sexta-feira, neste sábado e neste domingo terão uma chance que pode se tornar única nesta temporada: a de ver de perto a ponteira Jaqueline em ação. A bicampeã olímpica não tem clube ainda para a próxima Superliga. Embora ela já considere realmente só se dedicar à seleção, o treinador José Roberto Guimarães revelou existirem esforços para que ela possa atuar no país.

Em 19 de dezembro de 2013 nasceu Arthur, filho dela e de Murilo, também ponteiro da seleção. Já no começo do ano Jaqueline voltou a fazer treinos físicos; foi convocada por José Roberto para o Montreux Volley Masters e agora novamente para o Grand Prix. Mostrou-se muito eficiente nos três primeiros jogos do Brasil na competição anual, contra China, Itália e Repoública Dominicana, e a seleção venceu os três.

Só que, apesar de ter ficado afastada das quadras na temporada passada, Jaqueline foi considerada jogadora de sete pontos, pontuação máxima, o que torna difícil seu encaixe tardio em algum time brasileiro, principalmente paulista – inicialmente teria mais chances no Molico/Osasco e no Sesi-SP –, que possa pagar uma jogadora desse nível.

“Imagine você não poder jogar no Brasil por casa de pontuação… Isso é ridículo, horrível”, resumiu Jaque. “Mas o que eu posso fazer… Tenho de fazer meu trabalho aqui, jogar, treinar, evoluir aqui, e depois vou pensar em que vou fazer. Não penso em sair do Brasil, pois tenho filho pequeno, meu marido joga aqui.”

Jaqueline explica por que está tão difícil ela ser recolocada no mercado: “O que fizeram comigo quanto à pontuação me prejudicou muito. Os técnicos não identificam bem se uma jogadora que engravida voltará a jogar bem, não vão arriscar. Agora eles veem que estou em evolução, em condições de jogo, mas até então ninguém queria arriscar comigo. Eles estão certos, porque [seria um risco] contar com uma jogadora de sete pontos nessas condições”.

O treinador José Roberto Guimarães considera Jaque fundamental para esta seleção brasileira feminina de vôlei. “A expectativa em relação a ela sempre é muito grande, principalmente na função que ela exerce no time, a de armação. A Jaque é responsável pelo passe, pelo sistema defensivo, pela organização, principalmente do fundo de quadra. E tem correspondido muito bem também na rede”, afirmou.

Zé é contra o ranking, que estabelece que cada equipe poderá inscrever na Superliga 2014/2015 apenas duas jogadoras de sete pontos – e existe limite de 43 pontos totais por time. “Durante anos o ranking perdeu um pouco a função, e por muitos anos seguidos as finais sempre foram feitas pelos mesmos times, Osasco e Rio de Janeiro. Então há algo errado. Mas é uma briga eterna: alguns clubes são a favor, e a confederação não tem nada a ver com isso. A CBV deu oportunidade de o ranking ser extinto, mas os clubes não quiseram isso”, contou.

O técnico contou haver uma tentativa de resolução do problema da ponteira. “Vamos ver que alternativa será encontrada para ela até o início da Superliga. As pessoas estão se mobilizando para tentar arrumar algo para ela, para ela jogar no Brasil, ficar perto da família. Seria muito importante para o clube que ela defenderia e também para a seleção brasileira. A própria CBV se colocou muito à disposição de tentar resolver o problema dela.”

Neste dia 8 de agosto, sexta-feira, o Brasil encara a Coreia do Sul no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo; no dia 9, sábado, a Rússia; no domingo, os EUA. Já não existem mais ingressos para sábado e domingo. Para esta sexta-feira, 8 de agosto, só restam os de arquibancada superior, cujo preço inteiro é R$ 40. Clique aqui e veja mais sobre ingressosVocê confere clicando aqui mais notícias sobre o Grand Prix.

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